Três homens acusados de terem participado de um crime bárbaro conhecido pela população de Vilhena como a “Chacina do Porco”, serão julgados em março, no Fórum local.
A sessão de julgamento ocorrerá no dia 31 de março de 2014, com início às 08h30. O edital de intimação dos acusados foi publicado no início de dezembro pela Juíza de Direito, Liliane Pegoraro Bilharva.
Antonio Carlos Deminski, o “Tonhão”; Julinei Gonçalves Bezerra, o “Gordo”; e Wilson Gonçalves Bezerra, o “Macarrão”, são acusados de atirar contra quatro adultos e uma criança, matando três das vítimas. O crime ocorreu no dia 04 de janeiro de 2010.
O CASO
Na ocasião, as vítimas fatais foram identificadas como Gilberto Duarte da Silva, Ciro Fragoso e Jair Fragoso. Os sobreviventes são Juverci Duarte da Silva e um garoto de 4 anos cujo nome jamais foi revelado.
Todos estavam abordo de um veículo Fiat Uno quando depararam com a estrada fechada por um tronco de árvore. Uma das vítimas desceu do carro e foram surpreendidos por homens armados que dispararam por mais de 20 vezes contra o veículo.
Como Juverci Duarte estava do lado de fora do carro, mesmo baleado, conseguiu fugir em meio à mata e chegou a uma casa onde pediu socorro. Já seus irmãos foram executados a sangue frio.
A Polícia Militar foi acionada e ao chegar ao local encontraram o garoto em meio aos corpos dos tios ferido com um fragmento de bala que o atingiu na barriga.
As vítimas foram conduzidas para o Hospital Regional em Vilhena, após procedimentos médicos os policiais civis colheram depoimento de Juverci.
Hospitalizado, Juverci narrou que ele e seus irmãos estavam acampados as margens do Rio Cabixi, quando mataram um porco da propriedade da fazenda “Portal”, cujo proprietário o acusado “Tonhão”. Esse foi o motivo da chacina.
Um ano após o crime, os acusados foram presos pela polícia, mas ficaram por pouco tempo na Casa de Detenção. “Macarrão” ficou solto e “Tonhão” e o “Gordo” aguardam desde então julgamento no Albergue de Vilhena. Ou seja: eles saem durante o dia e voltam apenas para dormir atrás das grades.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia