O jovem Kennedy Gomes da Silva, 19 anos, se apresentou voluntariamente à Polícia Civil no início da manhã desta segunda-feira, 23. Acompanhado pelos pais, irmão e seu advogado, o autor do primeiro homicídio de 2015, o qual teve como vítima o adolescente Matheus Rezende, de 17 anos, apesar de visivelmente nervoso com a situação, mostrou-se bastante paciente com a imprensa.
Kannedy preferiu não conversar com os jornalistas que estavam no local à sua espera, mas não se recusou a fazer fotos. A família do rapaz disse, no entanto, que Kennedy confirmou a autoria da facada que vitimou Matheus, entretanto a intenção, segundo sua defesa, não foi de matar, apenas se defender de uma surra que levava.
Os detalhes do crime ainda não foram confirmados pela polícia, e há uma série de versões de ambas as partes. O advogado de defesa de Kennedy Gomes da Silva relatou que pretende ingressar com um Habeas Corpus (HC) logo que o inquérito da polícia foi concluído. “Ele não tem nenhum antecedente criminal, nem quando era menor. Tem trabalho licito, e esta foi a primeira vez que se envolveu numa confusão”, relatou o causídico.
Depois de se apresentar à polícia, Kennedy foi submetido a exames de corpo de delito, e em seguida encaminhado à Casa de Detenção, onde irá aguardar a finalização do inquérito policial acerca do incidente em que está envolvido.
VERSÃO DA FAMÍLIA
Em conversa com a equipe de reportagem do Extra de Rondônia, a família de Kennedy Gomes da Silva relatou que ele não estava em Vilhena, e que decidiu se apresentar voluntariamente neste domingo, 22, quando retornou à cidade.
Ao relembrar a história que aconteceu na madrugada do réveillon, o irmão do acusado contou que Matheus havia brigado com um amigo de Kennedy horas antes do embate que resultou na em sua morte. Ainda segundo a família do rapaz que se apresentou nesta segunda à polícia, Kennedy chegou à festa de réveillon depois que a confusão havia acontecido, e se juntou ao seu grupo de amigos.
Já na madrugada, quando estavam saindo do banheiro (Kennedy estava com mais dois amigos. Júlio Neto, que segundo os familiares é o pivô da confusão, e um outro colega identifica como “Tiaguinho”) o grupo de Kennedy foi surpreendido pelo grupo de Matheus, que segundo a defesa era bem maior, acima de dez componentes.
A confusão começou, e Kennedy acabou apanhando. Já no chão, viu o a faca que acabou sendo utilizada para atingir Matheus. O acusado do homicídio se apossou do objeto, levantou-se e acabou atingindo a vítima. A defesa do rapaz relatou que ele agiu em legítima defesa, uma vez que estava em um grupo menor, e estava apanhando.
A defesa alega que Kennedy não sabia a quem o golpe fora direcionado, uma vez que estava no chão, e apanhando.
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TEXTO: Extra de Rondônia
FOTOS: Extra de Rondônia