O Governador Confúcio Moura (PMDB) vive uma nova crise no início do seu segundo mandato. Poucos dias depois de ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Rondônia agora administra uma paralisação temporária de 72 horas organizada pelos servidores de vários setores, que cruzaram os braços na manhã desta quarta-feira, 18, em reinvindicação salarial.
A manifestação acontece em todos os municípios de Rondônia, e em Vilhena o grupo se concentrou na Praça Nossa Senhora Aparecida, pra traçar metas para a realização de diversas atividades pertinentes à manifestação.
Em conversa com a equipe de reportagem do Extra de Rondônia, o representante do Sindicato dos Servidores da Educação no Estado de Rondônia (SINTERO) João Assis da Silva relatou que a paralisação temporária é apenas um sinal de advertência contra Confúcio Moura, para que ele cumpra as exigências feitas pelas categorias.
O líder do SINTERO no Cone Sul relatou que a agremiação apresentou proposta de reajuste salarial no início de dezembro do ano passado, e o governo não apresentou nenhum posicionamento. “Se essa paralização temporária não der certo, há a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado”, garante o líder sindical.
João Assis da Silva contou, ainda, que a proposta de 6% de reajuste feita pelo governo em 2013, depois de mais de 40 dias de greve dos professores, ainda não entrou em vigor, e no início de março representantes do governador anunciaram que o aumento não poderia ser feito por falta de recursos financeiros. “Dinheiro tem, e o governo poderia valorizar os trabalhadores”, opina João Assis.
A manifestação em Vilhena conta com representantes dos mais variados sindicatos, porém a maioria pertence ao SINTERO, e ao da Polícia Civil. Lourival Luiz da Silva, representante do SINSEPOL relatou que a situação da sua classe é a mesma. “O governo pediu um prazo até 2017 pra regularizar a nossa situação. Demos um prazo de quatro anos pra ele, e agora eles pedem mais tempo”, relatou.
No último encontro entre o SINSEPOL e representantes do Governo do Estado de Rondônia para debater sobre reajuste salarial, o governo estadual pediu 60 dias para atender parte das reivindicações, e advertiu os representantes da agremiação para não fazerem nenhum tipo de manifestação, pois os trâmites poderiam ser paralisados.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia