A operação “Stigma”, desencadeada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com Ministério Público Federal (MPF), está fazendo uma verdadeira varredura em Vilhena, desvendando atos de corrupção entre empresas e o Poder Executivo.
Na última semana, o servidor público Nicolau dos Santos Júnior foi preso. Ele é um dos acusados de receber propina de empresas envolvidas com contratos com a Prefeitura.
Neste sábado, 8, mais uma revelação das investigação da PF foi publicada pelo G1. Segundo o noticioso, na casa de Nicolau, “a polícia apreendeu documentos que liga ele a outras pessoas supostamente envolvidas, dentre eles bilhetes aéreos pagos por uma das empresas investigadas a um secretário municipal”.
O site da Globo obteve imagem que mostra que no último 6 de julho, o funcionário esteve na empresa de acessórios, peças e serviços. A PF acredita que a loja fraudava a troca de peças de carros oficiais. O proprietário foi preso no dia 10 do mês passado, mas liberado após delatar informações sobre o suposto esquema.
DELEGADO DA PF DETALHA OPERAÇÃO
Responsável pelo inquérito que apura irregularidades na administração vilhenense, o delegado de Polícia Federal, Flori Cordeiro Miranda, conversou neste final de tarde com a reportagem do Extra de Rondônia.
Apesar de não aprofundar suas declarações com detalhes que possam comprometer as investigações, ele deixou entendido que a situação é complexa e abrangente, com suspeita de desvio de verbas públicas em vários setores do Município.
Sobre a prisão do servidor municipal Nicolau Junior, que aconteceu na manhã de sexta-feira, Flori declarou que, mesmo com a recusa do suspeito em colaborar, a apreensão de documentos em poder do funcionário devem potencializar as investigações.
Sobre a recusa de Nicolau em colaborar com a investigação, o delegado afirmou ao Extra de Rondônia que o detido se considera “injustiçado”, e se mostrou bastante “nervoso” com o que ocorreu.
Flori também esclareceu que o servidor municipal lotado na secretaria de Saúde, cujo testemunho e documentos deram base para a batida na “Tend Tudo” está implicado no caso. A operação da PF está na sua terceira fase, tentando desvendar suspeitas de corrupção na prefeitura de Vilhena.
Texto: Extra de Rondônia (Com informações G1)
Foto: Eliete Marques (G1)