Leandro camisa rosa foi inocentado da acusação
Leandro camisa rosa foi inocentado da acusação

O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJ-RO) julgou nesta quinta-feira, 12, em Vilhena, dois homens apontados pela polícia como autores do duplo homicídio que aconteceu na casa do contador Dagoberto Moreira, no dia 26 de novembro do ano passado. A residência, localizada no bairro Jardim Social, foi invadida por homens encapuzados que mataram dois pedreiros que estavam trabalhando no local.

Durante julgamento, Wanderson Rodrigues da Silva, 20 anos, mudou sua versão sobre o fato e confirmou que ele foi um dos homens que invadiram a casa, porém o alvo eram os pedreiros Odair Ferreira Proença e Valdeir Alves Amos. Segundo versão do depoente, o motivo dos assassinatos está relacionado a dívidas de drogas. Com a nova versão de Wanderson, o comerciante Leandro Pereira Cavichioli, 31 anos, acabou sendo absolvido da acusação de ser o mandante do crime.

Nas primeiras declarações de Wanderson, ele afirmou que Leandro havia encomendado a morte do contador, mas mudou de versão nesta quinta. O promotor de justiça, João Paulo Lopes, que atou no caso, chegou a confirmar que haviam indícios que ligam Leandro Cavichioli ao caso, porém não eram contundentes o bastante para pedir a condenação do réu.

Leandro chegou a publicar um vídeo em que o contador Dagoberto aparecia conversando com ele em um restaurante da cidade. Nas imagens, Dagoberto confirma claramente que não foi Leandro o autor dos crimes. O material, entretanto, foi recebido com desconfiança pela polícia.

Wagner Ângelo, o homem que dirigia o carro que deu suporte ao crime, e José Claudio da Silva, que também entrou na casa, estão foragidos e não foram julgados. O advogado de defesa desistiu do caso três dias antes do julgamento, e não houve tempo hábil para encontrar novo causídico.

Wanderson foi condenado e pegou pena máxima de 18 anos no regime fechado.

DAGOBERTO

Após as execuções que aconteceram na sua casa, o contador desapareceu. Segundo informações de colegas e da própria polícia, Dagoberto não tinha paradeiro fixo e temia por sua vida. Semanas depois dos assassinatos, a mulher do contador procurou a polícia para relatar seu desaparecimento.

No dia 24 de janeiro deste ano, seu corpo foi encontrado numa mata na zuna rural de Vilhena. O corpo estava em avançado estado de decomposição, mas a perícia constatou que tratava-se de Dagoberto.

 

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Wanderson Rodrigues da Silva

Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia

 

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