“Nossa escola está um lixo, é um chiqueiro. Cadê o prefeito e o secretário para resolver o problema? Os alunos aqui bebendo água suja, correm risco de contaminação. Temos até medo de comer a merenda escolar”.
Com estas palavras, diretores, professores e pais demonstraram indignação com a deplorável situação da escola municipal Ivete Brustolin, localizada na avenida Paraná, em Vilhena.
Em reunião realizada no final da tarde desta quarta-feira, 25, a comunidade escolar se reuniu para debater os problemas da escola, que está praticamente abandonada. Parte do telhado do refeitório da escola caiu.
Vários vereadores foram convidados, mas apenas Junior Donadon (sem partido), Valdete Savaris (PPS), Marta Moreira (PSC) e Maria José da Farmácia (PDT) participaram do encontro.
A diretora da escola, Fernanda Maura Firmino, e a vice, Silmara de Farias, relataram o drama que vivem diariamente devido à falta de estrutura física. Com ajuda de um retroprojetor, imagens foram mostradas, comprovando o caos instalado na unidade educativa.
Em relatório, Fernanda e Silmara afirmaram que a escola não tem reservatório de água, nem luz, nem internet. Em cartazes espalhados, elas cobram do prefeito Zé Rover e do secretário municipal de educação, José Arrigo, a promessa de melhorias na estrutura física. “A escola nunca esteve tão abandonada como hoje. Eu me envergonho de ter trabalhado na Semed. Arrigo é um canalha. Nossas crianças não aguentam o calor infernal dentro das salas, eles têm vômitos, diarreia, por também beber água suja”, diz a diretora ao mostrar laudo técnico do Corpo de Bombeiro que condena a escola.
Ao usar o microfone, a professora Edna Will também desabafou: “A internet está uma porcaria. Há muito tempo exigimos uma internet de qualidade para fazer o diário. Queríamos ver o senhor Arrigo, que é Pedagogo, dentro de uma sala destas, lecionando com 25 alunos e sem ventilador”.
Um pai de família foi mais além nas acusações contra o secretário de educação: “Ele não sabe o que acontece nas escolas municipais; ele não precisa porque matriculou sua filha em escola particular”.
Representando a Câmara de Vereadores, Junior Donadon afirmou que o problema que o Município enfrenta é de gestão, por falta de planejamento. E se comprometeu a incluir a reforma da escola no orçamento de 2016. “Vamos cobrar do prefeito a concretização da obra”, salientou.
A vereadora Valdete Savaris explicou que em maio passado denunciou, no Ministério Público (MP), o caos das escolas municipais. Em resposta, a promotora estipulou um prazo de 180 dias para que o executivo proceda a sanar os problemas nas unidades educativas.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia