O empresário Luiz Pereira do Nascimento, 60 anos, acusado confesso de matar Claudinei de Almeida Claste, 40 anos, e ferir Wellington, se apresentou nesta sexta-feira, 27, acompanhado de sua esposa e advogado na delegacia de Polícia Civil de Vilhena.
Em entrevista ao Extra de Rondônia, o empresário contou como a confusão se iniciou. A princípio, seu filho teria ido ao bar vizinho para comprar um salgado e ao chegar lá o dono do bar, a vítima fatal, o recebeu dizendo que sua mãe espalhava entre a vizinhança que o bar dele era um puteiro e que a única puta que ele conhecia era sua mãe.
Com esta declaração, seu filho teria revidado ofendendo a mãe do dono do bar, conhecido por “Neném”, e em seguida saiu e foi para praça por orientação de sua mãe que escutou tudo. Mas, segundo o casal o dono do bar fechou o estabelecimento e na companhia de Wellington saiu em perseguição de carro.
“Até que eles pararam o carro na Rua Fortaleza e passaram a agredir o meu menino. Eu não sou pessoa do mal, não queria matar ninguém, mas ao pedir para eles pararem com as agressões ele me agrediu e queria agredir a minha família toda”, falou Luiz, que mora há 23 anos em Chupinguaia e tem uma loja e um hotel na cidade.
Luiz disse que na hora que levou um soco nas costelas de Wellington ele reagiu golpeando uma única vez cada um dos agressores. Após a facada, Claudinei caiu e o casal narra que eles próprios pediram para um rapaz do alojamento ir chamar a polícia.
Polícia poderia evitar tragédia, revela casal
Segundo o casal, a polícia poderia ter evitado que o pior acontecesse, pois de acordo com eles várias ligações foram feitas antes que o caso ganhasse maiores proporções.
“Nós ligamos para a polícia várias vezes, mas ninguém atendeu”. O casal conta que tudo começou por volta das 20h30 e a polícia foi acionada, mas falou que não podia fazer nada e só veio quando o dono do bar já tinha sido morto, por volta das 23h00, porque um rapaz do alojamento ainda foi lá no quartel.
Ainda, segundo o casal, a mulher de Wellington, considerado o incentivador da briga, ainda teria ido até o carro e pegado uma espingarda e o desenrolar só não foi pior devido a aglomeração de pessoas, mesmo sendo a maioria clientes do bar e que queriam lixar a família.
Família revela estar sofrendo ameaças
Desde a quarta-feira, 25, ocasião do crime, o casal revela que estão como fugitivos. “Nós fomos ameaçados de morte e tivemos que abandonar tudo, para preservar nossa família”, revelou Neurange. Ela explica que depois do ocorrido a mulher da vítima ameaçou queimar sua casa.
O advogado do empresário, identificado apenas por Artur, revelou que em nenhum momento orientou seu cliente a se entregar e assim que ficou sabendo do caso ligou para o delegado, pois seu cliente queria se entregar ainda ontem, quinta-feira, 26.
“Pela lei ele voltará hoje para casa, pois não tem flagrante e nem pedido de prisão preventiva. Depois disso vou analisar o caso, mas acredito que ele agiu em legítima defesa”, avaliou Artur.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia