A suspeita de matar o ex-namorado durante ato sexual, Vania Basílio Rocha, de 18 anos, foi transferida nesta segunda-feira (11) para uma cela com mais quatro detentas no Presídio Feminino de Vilhena (RO). A direção da unidade confirmou que a apenada passou por avaliação psiquiátrica na sexta-feira (9), mas o teor da consulta não foi divulgado. De acordo com a Polícia Civil, Vania matou Marcos Catanio Porto, de 26 anos, na casa da vítima no dia 30 de dezembro. A mulher foi presa em flagrante e confessou: “Queria matar alguém. Fiquei olhando olho no olho até ele morrer”.
Segundo o diretor do presídio, Flavio Miranda, Vania foi transferida nesta segunda para uma cela com outras quatro apenadas. Na semana passada, após apresentar comportamento estranho, a jovem foi colocada em uma cela mais próxima das outras detentas, que podiam observá-la e conversar com a mulher. “Soltamos hoje ela para o banho sol e ela conviveu com as apenadas e em seguida foi para a cela sem problema nenhum”, informa.
Na sexta-feira (9), segundo a direção do presídio, Vania passou por avaliação psiquiátrica, no entanto, o teor da consulta não foi divulgado. Sobre o comportamento da suspeita, Miranda afirma que a jovem está mais tranquila. “Acho que o isolamento abalou o psicológico dela. Mas com as outras apenadas no banho de sol eu vi ela conversando, andando, estava tranquila”, diz.
A direção do Centro de Atenção Psicossocial informou que a psiquiatra que atendeu Vania prefere não se pronunciar sobre caso.
Comportamento estranho
Desde o dia da prisão, a suspeita vinha sendo mantendo isolada das outras presas, num processo chamado triagem, que de acordo com a direção do presídio, é um procedimento comum à todas as presas que dão entrada na unidade. “Ela chega, fica dez dias sob observação para verificar o comportamento e a conduta com os agentes e depois disso vai para a carceragem com as outras presas”, explica Miranda.
Segundo a direção, Vania estava sozinha na cela pelo fato de outras mulheres não terem sido presas depois dela. Após apresentar comportamento estranho, relatado por agentes plantonistas, Vania foi colocada em uma cela mais próxima da carceragem, onde continuou sozinha. Na ocasião, o diretor do presídio, Flavio Miranda, disse que as outras detentas estavam ressabiadas com a mudança de cela da jovem. “Estão com medo dela, e ela está com medo das presas”, afirmou o diretor.
Família não vai pagar advogado
A mãe de Vania ainda não consegue entender o que levou a filha a cometer o homicídio. Preferindo não se identificar, a mãe disse na terça-feira (5) que a família não pretende pagar advogado para ela. “Acho justo ela pagar pelo que fez”, diz.
Com a aparência abatida, a mãe contou que Vania sempre apresentou comportamento normal e a família está sofrendo por causa do crime. A mulher falou que levou materiais para a filha, no presídio feminino, e que não irá abandoná-la.
“Sou a mãe dela. O que puder fazer por ela, nós faremos. Eu amo ela incondicionalmente. Ela é minha filha, mas acho justo ela pagar pelo que fez. Ela não tem advogado. O advogado será do estado, pois não vou contratar advogado”, enfatizou.
Autor: Dennis Weber/G1
Foto: Divulgação