O coordenador de Residência Médica da Secretaria Municipal de Saúde, Jânio Marques de Souza, declarou ao Extra de Rondônia, na manhã desta quinta-feira, 11, que a cidade vive uma situação séria com relação a transmissão de Dengue entre a população. “Não queremos que essa informação seja tomada de forma alarmante, mas estamos passando por uma situação extrema, com dezenas de registros de notificações de casos suspeitos todos os dias”, afirmou.
Ele chega a considerar que o ritmo de contágio pode ser de um caso por hora. Além disso, há vários casos suspeitos de Zika Vírus e Chikungunya aguardando confirmação.
Apenas na última semana de janeiro, a SEMUSA realizou 180 notificações de suspeita de Dengue, além de cinco do Zika Vírus e 10 de Febre Chikungunya.
Segundo Jânio, todos os casos estão sendo atendidos de acordo com os protocolos estabelecidos para tratamento, com realização de hemogramas no intervalo de tempo de 24 horas, além de hidratação aos pacientes. “Como o resultado da sorologia para confirmar a incidência das doenças depende de Porto Velho, e chega a demorar até noventa dias, estamos tratando os sintomas apresentados pelos doentes para evitar complicações”, explicou à reportagem do Extra de Rondônia.
Nesta quarta-feira, 10, foram feitas 15 notificações de possibilidade de Dengue no Hospital Regional de Vilhena.
De acordo com o médico, para os casos notificados é realizada ação do Centro de Controle de Endemias que faz a vistoria na residência do paciente, além dos imóveis nas imediações a procura de criadouros do vetor da doença, o mosquito Aedes Aegypti.
Ainda sobre o combate ao mosquito transmissor da doença, Jânio Marques admite que é preciso ação mais incisiva para o controle dos focos criadouros do inseto. “O Município formou comitê comunitário com participação de representantes de vários segmentos da sociedade, mas é preciso ações efetivas para enfrentar a questão. Sem esquecer que o combate ao Aedes precisa de participação intensa da comunidade, com cada cidadão fazendo a sua parte na eliminação de situações que permitam o acúmulo de água favorecendo a proliferação do mosquito”, declarou.
Fonte: Extra de Rondônia
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