O desfecho do esquema de fraude que desviou mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos e ficou conhecido com “Folha Paralela” ainda continua sendo analisado nos tribunais de Rondônia.
O presidente da Assembleia Legislativa (ALE), Maurão de Carvalho (PMDB) é um dos envolvidos no crime administrativo, que resultou na prisão do ex-presidente da ALE, Carlão de Oliveira, em fevereiro deste ano.
O esquema foi instalado na legislatura de 2003 a 2007. Conforme investigações do Ministério Público (MP), uma poderosa associação que tinha como finalidade desviar recursos financeiros daquele Poder por meio de atividades ilícitas.
Por meio de fitas gravadas, o esquema de fraude veio à tona em maio de 2005 , quando então foi deflagrada, pela Polícia Federal, a Operação “Dominó”
Entretanto, só depois de 10 anos – em abril de 2014 – a Justiça recebeu a denúncia contra os acusados. Além de Maurão, outros (ex) parlamentares estão incluídos no rol de réus.
O ESQUEMA
Os desvios de valores, segundo o MP, se davam mediante processos licitatórios instaurados para aquisição de bens, serviços e obras para Assembleia, que tinham envolvimento de empresas fornecedoras, dentre elas, estavam as empresas Áudio e Vídeo System Ltda, Gráfica Rondoforms, Capri Marketing e Consultoria, Aquárius Locadora de Veículos, Construtora Fox, L. S. Turismo, TourisBrasil, Ajucel Informática, 3Millenium Publicidade e Magno Comércio e Construções Ltda.
O desvio de valores se dava também por intermédio de folha de pagamento dos servidores comissionados e envolvia um número considerável dos integrantes do Parlamento. Usando-se não somente a folha oficial de pagamento, mas, também, uma outra fraudulenta, paralela à folha oficial.
FASE ATUAL
A última movimentação do processo data em 06 de maio de 2016. O relator do caso, em carta enviada à desembargadora Ivanira Feitosa Borges, disse que testemunhas estão sendo ouvidas e os réus são intimados para se defenderem das acusações. Leia a denúncia na íntegra aqui.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Divulgação