tavaresO enfrentamento entre empresas que disputaram o contrato emergencial para prestação do serviço em Vilhena não terminou com a definição da vencedora do certame.

De acordo com o empresário Antônio Tavares de Almeida, proprietário da Limp Serv, o dono da firma que administra o aterro sanitário, tomou medidas de retaliação após ser vencido pelo concorrente, determinando funcionamento do local apenas em horário comercial, inclusive com intervalo para almoço. “Do jeito que ficou estamos conseguindo descarregar metade do que seria adequado para atender a demanda da cidade”, explicou.

O empresário explicou que para poder dar conta de tirar da cidade o lixo produzido diariamente pelos vilhenenses é necessário que os caminhões que fazem a coleta trabalhem em três turnos, fazendo descargas de manhã, a tarde e a noite.

Segundo ele, tal rotina era mantida até pouco tempo atrás, mas desde o dia primeiro de agosto o aterro sanitário adotou horário comercial para descarga, funcionando entre 06 e 11 horas no período da manhã, e entre às 13 e 18 horas a tarde. Aos sábados, o expediente vai só até o meio-dia.

“Com esses horários apertados não temos condições de fazer as doze descargas diárias, conseguindo no máximo oito descarregamentos, o que não é suficiente para prestar o serviço de forma adequada”, explicou Tavares.

A defasagem acaba gerando problemas à comunidade, reclamações e prejuízos à empresa. Em sua opinião a medida adotada pela MFN Soluções, que pertence ao empresário Fausto Moura, é mera retaliação em virtude da disputa entre as empresas para vencer a concorrência pública que estabeleceu a empresa que prestaria o serviço.

A meta estabelecida pelo contrato entre a Limp Serv e o SAAE determina que a empresa deve coletar pouco mais de 1,9 mil toneladas de lixo ao mês em Vilhena, montante que só pode ser alcançado com os quatro caminhões coletando cerca de 75 toneladas por dia. “Mas, em virtude do horário estipulado agora, não conseguimos passar de 40 toneladas/dia. Por isso já estamos tendo problemas em alguns bairros, mesmo porque a coleta do lixo estava com problemas há cerca de dois meses, e quando começamos havia uma grande demanda reprimida”, complementou Tavares.

O empresário explicou que só na viagem entre a área urbana e o aterro os caminhões gastam cerca de duas horas e meia, contanto o tempo necessário para pesagem e descarga dos detritos. “Por isso que o horário de funcionamento inviabiliza o serviço. O ideal seria que o aterro ficasse aberto entre 06 e 22 horas, mas o dono da MFN está irredutível, e o SAAE alega que não pode fazer nada até que o contrato entre eles seja renovado. Enquanto isso, a população vilhenense padece, e nossa empresa fica no prejuízo”, afirmou.

Há informações não confirmadas dando conta que a norma só está sendo exigida aos caminhões de coleta de Vilhena, o que poderia confirmar a tese de Tavares. A reportagem do Extra de Rondônia vai entrar em contato com outros municípios da região para esclarecer a questão, assim como com o SAAE para saber se a determinação está de acordo com o contrato com a MFN para uso do aterro.

Fonte: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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