Uma equipe do Batalhão da Polícia Ambiental, ligado à Polícia Militar de Rondônia, deu continuidade à operação “Visibilidade” e notificou vários estabelecimentos na noite desta sexta-feira, 27, em Vilhena.
O sargento Vanderlei Alves Trindade, que coordenou a ação, disse ao Extra de Rondônia que o trabalho tem por finalidade, neste primeiro momento, orientar os responsáveis pelos estabelecimentos a respeito do som alto na cidade, o que caracteriza crime de perturbação de sossego.
De acordo com Trindade, a operação foi feita por solicitação do Ministério Público e vai se estender a todos os municípios do Cone Sul. “A princípio só estamos notificando os responsáveis pelas empresas para que tenham ciência do fato. Mas, depois, se continuar, vamos agir de forma repressiva. A ação visa que as pessoas tenham uma vida mais saudável. Todo ambiente de lazer e que faça uso de som deve ter tratamento acústico”, disse.
Trindade informou, ainda, que ocorrerá uma reunião hoje (sábado), às 18h00, no quartel da Polícia Militar, com autoridades municipais para debater a questão.
QUESTIONAMENTOS
Entretanto, dois empresários que tiverem seus estabelecimentos notificados entraram em contato com o Extra de Rondônia e questionaram a ação da polícia ambiental.
Jance Montenegro, dono do “Buteco”, disse que os policiais chegaram ao seu estabelecimento por volta das 23h50 e exigiram que o aparelho de som seja desligado. “Não pode ter mais show ao vivo”, teria dito um dos fiscais, que ameaçou em multá-lo em R$ 5 mil caso religasse o aparelho de som.
Montenegro disse que não teve ação preventiva. “Ninguém informou sobre a ação. Somente o PM chegou e alegou que tem um alvará especial. Nós precisamos trabalhar e vamos respeitar a Lei, mas temos que ser informados primeiro”, explica.
Outro empresário, Nilmar César de Souza, dono do “Zero Grau” disse que os policiais foram mal educados. “Eles chegaram às 22h50, mandaram desligar o som e informaram que daqui pra frente a cidade não terá mais show ao vivo. Temos que ter consideração que mais de 50 artistas vivem de shows. Eu mesmo tenho 7 funcionários”, questionou.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Divulgação