Na tarde desta quarta-feira, 14, a atendente financeira Camilla Gouvêa, de 28 anos, grávida de seis meses, procurou a redação do Extra de Rondônia para fazer uma denúncia contra o médico especializado em ultrassonografia, que atendeu no plantão de terça-feira, 13, no setor de obstetrícia do Hospital Regional de Vilhena.
Segundo Camilla, ela teria dado entrada na unidade hospitalar as 12h30 de segunda-feira, 12, com náuseas, diarreia e cólicas abdominais, e após ser atendida pela equipe médica da emergência, foi internada para a realização de um exame de ultrassonografia obstétrica, porém, como o plantão do médico especializado havia terminado há meia hora, a mesma teria que permanecer hospitalizada até a manhã do dia seguinte.
Ainda segundo a denunciante, o médico responsável pelo plantão da manhã, retornou à unidade para realizar o mesmo exame em uma parturiente, mas se negou a atende-la sob a alegação de estar disposto somente a casos de urgência e emergência após o término do plantão.
Já na manhã de terça-feira, 13, após aguardar por algumas horas juntamente com mais algumas gestantes que também passariam pelo procedimento, Camilla fora informada que o exame não poderia ser realizado porque a impressora estaria quebrada e novamente retornou para seu leito, onde aguardaria o conserto do equipamento.
Como o equipamento retornou ao funcionamento normal ainda na tarde do mesmo dia, a diretoria do hospital ligou para o profissional, identificado apenas pelo nome de Wagner, responsável pelo plantão da manhã, e o mesmo teria se negado a retornar para a unidade. “O diretor do hospital ligou cerca de oito vezes para ele na minha frente e não atendeu mais. Ligou também em uma clínica particular que ele atende e a secretária afirmou que ele desmarcou suas consultas pois só retornaria na próxima semana”; relatou Camilla.
Após aguardar todo o período da tarde, no início da noite, Camilla, já revolta com a situação, solicitou sua alta médica e abandonou o hospital.
Camilla, que realizará os exames por conta própria, já teve uma gravidez de risco e afirmou ter tomado a decisão de não aguardar por temer pela segurança de sua filha.
“Quero deixar bem claro, que desde os profissionais da emergência até a diretoria, eu fui muito bem atendida, apenas quero deixar minha indignação com a negligência do médico, que é pago para tal e se recusou a retornar à unidade mesmo sabendo que nossos bebês estavam em risco. Se ele não tinha culpa de o aparelho ter quebrado no plantão dele, nós gestantes, também não”, concluiu a jovem.
Texto: Redação
Foto: Extra de Rondônia