Na manhã desta quarta-feira, 18, o delegado Núbio Lopes, responsável pela Delegacia de Homicídios de Vilhena, apresentou através de uma coletiva de imprensa, mais três casos elucidados nos dois últimos meses.
O primeiro caso abordado pelo delegado ocorreu em janeiro do ano corrente, onde Manoel Amaral Santana, de 52 anos, mais conhecido como “Manezinho”, foi assassinado brutalmente a golpes de machado, em uma propriedade rural de Vilhena, localizada no Km 66 da BR-174.
As investigações, que desde o início tiveram como principal suspeito Gilcimar Broseguini, de 54 anos, vulgo “Capixaba”, que havia contratado a vítima para lhe ajudar em uma empreita na propriedade, foram concluídas apontando o mesmo como autor dos quatro golpes, que tiraram a vida de Manoel.
Gilcimar, que levantou suspeita devido ter desaparecido após a morte do colega de trabalho, foi indiciado pelo crime de latrocínio, devido as investigações terem sido unânimes ao apontar como a causa do crime, o interesse do suspeito em comprar o veículo da vítima, que a princípio, se negou a vender e logo após, cedeu à insistência do companheiro, pedindo uma valor que o mesmo não possuía.
O suspeito, que ainda se encontra foragido, deve responder com um agravante, referente à impossibilidade de reação da vitima, haja vista, que a perícia concluiu, que Manoel foi assassinado enquanto dormia. A motocicleta da vítima ainda não foi localizada.
O segundo caso levantado, ocorreu em março de 2012, e se trata da execução de Aglaedson Meireles Rodrigues, de 29 anos, mais conhecido como “H”, que foi assassinado a tiros dentro de sua residência, localizada na Avenida 737, no Bairro Cristo Rei.
Na ocasião, o jovem foi vitimado com vários disparos de arma de fogo, sendo um deste no alto da cabeça, desferidos por dois indivíduos, que chegaram em uma motocicleta e ao entrarem no imóvel, disseram para os familiares presentes, que queriam apenas o “H”.
Até hoje os autores dos disparos não foram identificados, no entanto, as investigações levaram até José Augusto Nascimento Glória, vulgo “Neguinho”, que na época do crime tinha 31 anos, apontando o mesmo como partícipe no crime, devido este ter estado na casa da vítima, que fica na mesma vizinhança que a dele, horas antes de sua morte, se passando por amigo e até mesmo dizendo a “H”, que se acaso precisasse de uma arma de fogo para se defender, ele poderia lhe emprestar a qualquer hora.
Pouco tempo depois de sair da casa de “H”, “Neguinho” foi visto conversando com dois indivíduos em uma motocicleta em frente sua casa e de lá, a polícia acredita que os mesmos já se dirigiram à prática do crime.
De acordo com o delegado, ficou explícita a intenção de “Neguinho” em facilitar a ação dos infratores, informando onde a vítima estava e como, pois o mesmo usou o fato de ofertar uma arma de fogo para “H”, como desculpa para saber se este estava desarmado.
Neguinho, que foi preso pouco depois do crime, mas por outros atos ilícitos, foi autuado por homicídio qualificado, porém, nega sua participação no crime e também se recusa a fornecer a identidade dos autores dos disparos. Neste caso, o inquérito foi concluído em parte, devido às investigações relativas à identificação dos infratores ainda continuar.
Já o último caso elucidado, tem como vítima Erli Teixeira de Abreu, que foi morto com um tiro no rosto no mês de maio de 2017, durante uma confraternização realizada em uma casa, localizada na Rua Chupinguaia, no distrito de Novo Plano.
Neste caso foram indiciados Edilson Pereira Oliveira e seu enteado Weslen de Oliveira Araújo, assim como também, João Carlos Costa dos Santos, vulgo “Marafon”, amigo íntimo de ambos.
Segundo os autos, no ano de 2015, Erli conduzia uma motocicleta pelo distrito, quando atropelou uma jovem de nome Carina, que foi a óbito cerca de uma semana depois. Julgado e condenado pelo crime, o réu, que na época tinha cerca de 50 anos, cumpriu a pena estipulada e ao ser solto, voltou a beber, o que gerou revolta na família da jovem, que era filha de Edilson e irmã de criação de Weslen, acima mencionados.
Devido à insatisfação de verem Erli livre, Edilson e Weslen ofereceram uma motocicleta que possuíam, modelo Titan, de cor azul e mais o valor de R$ 8 mil em espécie para o amigo João, para que este executasse o responsável pena morte da jovem. Segundo as investigações, a proposta e o crime ocorreram no mesmo dia.
Após tudo acordado, Weslen, que era o dono do veículo, pilotou para assegurar a fuga e João, que por trás de um muro, executou um único disparo que tirou a vida de Erli. Não satisfeito, João retornou a cena do crime e começou a questionar todos ali presentes levantando suspeita.
Devido o cerco policial se fechar em desfavor dos três suspeitos, Edilson acabou fugindo e até hoje não foi localizado, porém, João, insatisfeito com o fato da motocicleta que lhe foi entregue apresentar defeitos e a quantia em dinheiro não ter sido paga, acabou confessando toda a ação e participação de cada um dos envolvidos, sendo preso juntamente com Weslen.
A imagem em anexo trata-se do foragido Gilcimar Broseguini, de 54 anos, vulgo “Capixaba”. Caso alguém tenha alguma informação que possa levar ao paradeiro do mesmo, pode entrar em contato diretamente com a Polícia Militar através do 190.
Texto e Fotos: Extra de Rondônia/Divulgação