Leandro Adolfo dos Santos, formado em gestão ambiental, que presta serviços como operador de máquinas e equipamentos há três anos no frigorífico JBS de Vilhena, visitou na sexta-feira, 30, a redação do Extra de Rondônia para denunciar a referida empresa pela prática de crime ambiental.

Leandro, que atuou durante dois anos na estação de tratamento de efluentes do frigorífico, garante que já efetuou a mesma denúncia formalmente no Ministério Público (MP).

Segundo ele, o MP teria enviado fiscais ao local, que concluíram não haver danos ambientais, decidindo pelo arquivamento do processo.

Porém, mesmo com a decisão do MP, Leandro insiste em dizer que há irregularidades. À reportagem do site, ele apresentou vídeos e fotos (IMAGENS ABAIXO), que confirmariam suas acusações.

Ele disse que, além da estação não receber verbas para a atualização da capacidade para a qual foi criada, que seria o tratamento de dejetos de cerca de 500 bovinos dia, o que a torna ineficaz no tratamento atual (que é de cerca de 1.500 dia), a mesma se encontra abandonada, apresentando muitos defeitos nos maquinários, que a fazem parar de operar, sendo o sangue, o rumem e o sebo dos animais, despejados no meio ambiente sem nenhum tipo de tratamento, para não parar a produção.

Nas imagens apresentadas por Leandro é possível visualizar urubus, que são um bio indicadores de mau odor. Também há imagens de uma crosta expeça sobre um dos lagos criado para o tratamento dos dejetos, antes de serem lançados no meio ambiente, que segundo ele, se tratam de efluentes de linha vermelha (formada por sangue, sebo e pedaços de carne) e de linha verde (formado por rumem e urina). Por não serem tratados quimicamente e pela lagoa não possuir impermeabilização, sendo apenas um buraco cavado sem preparo necessário, acabam poluindo o solo e o lençol freático.

Diante da notificação de que sua denúncia (que já seria de conhecimento da diretoria do frigorífico) tinha sido arquivada, Leandro decidiu procurar à imprensa a fim de expor a problemática para a sociedade vilhenense e cobrar providências das autoridades competentes.

O denunciante afirmou que irá recorrer da decisão do MP, até o problema ser resolvido, pois seus conhecimentos teóricos e práticos o capacitam para reconhecer e apontar irregularidades como estas.

A reportagem do Extra de Rondônia entrou em contato com a assessoria do grupo JBS, em São Paulo, que se comprometeu em enviar uma nota esclarecendo o caso, até as 12h00, horário de Brasília. Porém, até a publicação desta matéria,  o site não havia recebido nenhuma declaração.

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Texto: Extra de Rondônia

Fotos e vídeo: Extra de Rondônia

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