“Eu quero justiça. Quero que a pessoa que fez isso pague. Um policial não pode entrar em uma balada armado, sendo que estava à paisana, e sair atirando desse jeito”, diz a servidora pública Lucimar Braga, mãe de Ueslei Braga, de 21 anos, que morreu neste domingo (24), após ser atingido em uma festa em Cujubim (RO). Testemunhas afirmaram a Polícia Civil (PC) que um policial do 7º Batalhão da Polícia Militar, lotado em Alto Paraíso, foi o autor dos disparos. O policial suspeito se apresentou na manhã desta segunda-feira (25) com advogado, foi ouvido e liberado.
Conforme Lucimar, o filho foi atingido na altura do queixo, foi encaminhado para o Hospital de Base em Porto Velho, mas não resistiu aos ferimentos. Lucimar, que é mãe de dois filhos, conta que Ueslei trabalhava em uma madeireira, e era uma jovem feliz. Ueslei foi sepultado às 10h desta segunda-feira (25). “Estamos todos revoltados. Os amigos que estavam juntos afirmam que foi um policial que matou meu filho. Agora fiquei só com um [filho]”, lamenta.
O delegado Leonardo Magela explica que a PC já ouviu diversas testemunhas, que reconheceram o policial como autor dos disparos. Um inquérito policial foi instaurado e a PC tem 30 dias para relatar o caso. “É um homicídio, em tese, com autoria definida. Depois de formado o convencimento sobre a autoria, possivelmente será feito o pedido da prisão preventiva do autor”, ressalta.
O tenente-coronel do 7º Batalhão da Polícia Militar (PM) de Ariquemes, Ênedy de Araújo, explica que policiais militares, a paisana, participavam da festa e que durante uma briga, um dos militares atirou para o alto. O nome do suspeito não foi revelado. Quando questionado se o policial será afastado, o comandante afirma que a decisão será tomada depois de ouvir os argumentos do militar.
“Conforme as informações que tivemos, um dos policiais atirou para o alto, o que pode ter atingido o rapaz. A PM já instaurou sindicância para averiguar a situação e comprovar ou não se houve a participação de policiais”, finaliza.
Fonte: G1