Na sexta-feira (27), três viaturas da Polícia Militar realizavam um patrulhamento na Fazenda Padre Cícero e foram vítimas de uma armadilha: sem terras enterraram algumas tábuas com pregos de ponta para cima nas estradas de acesso. Com isso, os veículos ficaram com os pneus furados.
Após diversas ocupações violentas, o proprietário da fazenda entrou na Justiça e conseguiu uma medida que proíbe a entrada e/ou permanência de invasores, no caso sem-terras. Na própria medida, há a determinação que a PM realize rondas periódicas na região, afim de evitar conflitos e desmatamentos.
Para conseguir sair do local, os policiais precisaram da ajuda de moradores da região que levaram os pneus para uma borracharia em Monte Negro para reparo e retorno. As viaturas tiveram que ficar em cima de madeiras.
Um vaqueiro que trabalha na Fazenda Padre Cícero disse que são ameaçados constantemente. “Durante a noite, os sem-terras ficam efetuando disparos de arma de fogo em nossa direção. Para nos proteger, colocamos algumas manilhas em volta dos alojamentos. Eles espantam o gado, cortam cercas. Mataram duas vacas da fazenda e deixaram só a carcaça, a gente ouviu barulho de máquinas trabalhando dentro da mata, eles estão derrubando árvores e retirando madeira”.
Próximo à Fazenda Padre Cícero existe o assentamento Élcio Machado, que aguarda regularização do Incra. A área do assentamento era uma fazenda onde houve conflitos e mortes e o proprietário desistiu da posse e negociou venda para o Incra utilizar na reforma agrária. O prazo já chegou a três anos e até agora, o instituto não demarcou a área e nem indenizou o proprietário.
Na área do assentamento existem várias ocupações irregulares. Existem pessoas que tem dois a três lotes demarcados por conta própria e se dizem donos. Em reunião realizada no início do ano, o Incra se manifestou e disse que as demarcações dos lotes serão feitas pelo próprio instituto assim como a triagem das pessoas que irão receber os seus lotes.
Fonte: Rondôniavip