O cirurgião geral e médico legista, o Dr. Kedson Abreu Souza (foto), conversou com a equipe de reportagem do Extra de Rondônia na tarde desta segunda-feira, dia 30, dentro do Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira, para falar sobre o caso do paciente Francisco Agamenon da Rocha Lima, que segundo o relato dos familiares estava com problemas na vesícula e corria risco de morte.
Segundo o médico, que foi um dos cirurgiões responsáveis pelo caso, o paciente não tinha apenas pedras na vesícula, mas também na via biliar principal (ducto colédoco), o que torna o problema bem mais complexo. “Se as pedras estivessem apenas na vesícula, o paciente teria sido operado aqui no hospital e já estaria em casa”, garantiu o médico.
De acordo com o Dr. Kedson, quando as pedras se encontram na via biliar principal, é necessário um procedimento chamado CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica), quando a pedra é retirada da via biliar por meio de um tipo de endoscopia, disponível pelo SUS em Rondônia apenas em Porto Velho. “Eu mesmo conversei com o médico responsável pelo procedimento e com a médica da regulação por várias vezes, solicitando a vaga. Sempre me diziam pra aguardar o retorno deles, pois concordavam com a indicação da CPRE, mas não tinham vaga. Não havia como enviá-lo sem o aval deles”, explica o médico, que fez questão de ressaltar que Francisco Agamenon melhorou clinicamente enquanto esteve internado. “O paciente foi submetido ao uso de antibióticos para tratar a inflamação na vesícula, teve melhora da dor e da função renal. Além disso, seus leucócitos estavam elevados e agora encontram-se em níveis normais. Tenho certeza de que ele melhorou durante os dias em que esteve internado”, conta.
O médico acrescentou ainda que o fato de o paciente ter ficado com inchaço na perna tem relação com o fato de ele ser hipertenso e diabético, não com o problema na vesícula. O Diretor Geral do hospital, Adilson Vieira, contou que Francisco Agamenon foi transferido para Porto Velho às 13h desta segunda-feira, dia 30, onde será submetido ao tratamento necessário.
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Fonte: Extra de Rondônia
Texto: Rômulo Azevedo
Foto: Rômulo Azevedo