O cultivo de hortaliças no período chuvoso tem sido afetado em Vilhena. De acordo com o extencionista rural da Emater, Antonio Donizete Fidelis, o excesso de umidade já provou a queda de 60% na produção de hortaliças no município.
Antonio Donizete explica que o excesso de chuva prejudica o desenvolvimento das plantas, que começam a atrair fungos, bactérias e ervas daninhas. O período chuvoso vai de outubro a março. De acordo com Antonio Donizete, atualmente Vilhena tem cerca de 300 produtores rurais que trabalham exclusivamente com o cultivo das hortaliças.
O produtor rural Liriano Schwamback, que trabalha com hortaliças há cinco anos, afirma que determinadas variedades perderam sua produtividade em até 80%, em sua propriedade, como no caso da couve e da cebolinha.
Segundo Liriano, as hortaliças não resistiram à grande quantidade de água infiltrada, ocasionando a aparição de manchas escuras por toda a folhagem. Além da má aparência, a qualidade do produto já não é mais a mesma. Liriano afirma que somente 20% de sua plantação estão aptas a serem comercializadas.
Para tentar minimizar os problemas causados pelo excesso das chuvas muitos produtores acabam optando por produzir hortaliças nas estufas. “Os produtores de Vilhena estão investindo em tecnologia para garantir a produção de hortaliças no município no período chuvoso”, diz Antonio Donizete.
É o caso da produtora rural Inês Kramer. Ela conta que atualmente sua propriedade as hortaliças são produzidas 100% nas estufas. Ela informa que na propriedade já tem 33 estufas plásticas, e a intenção é ampliar esse número. De acordo com Inês, as estufas garantem o cultivo de hortaliças o ano todo.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia