A vereadora do município de Chupinguaia, Lindaura Ferreira da Silva (PV), visitou a redação do Extra de Rondônia na manhã desta quinta-feira, 23, para desmentir a versão a respeito de um recurso oriundo do Governo Federal no valor de R$ 260 mil, que poderia retornar aos cofres da União por entraves políticos criados pelos membros da casa de leis, inclusive, ela.
A parlamentar ressaltou que as informações não traduz a verdade dos fatos e que os vereadores não estão “travando” a compra do veículo. Ela acusou o prefeito Vanderlei Palhari (PMDB) de estar por trás dos ataques contra ela. “A câmara não é contra ninguém, muito menos eu. Nunca tive problemas com ninguém. O prefeito tem que respeitar o meu trabalho enquanto vereadora, e entender que eu não tenho obrigação de aprovar o que ele envia à câmara sem analisar todo o conteúdo do projeto. Há falhas na proposta e eu não concordo com isso”, explicou a vereadora.
Lindaura disse que para efetuar a compra do veículo o município tem que arcar com uma contrapartida de R$ 40 mil. Para reunir este valor, Vanderlei Palhari propôs, segundo ela, que o município deixasse de pagar dívidas com fornecedores (que já se arrastam desde o ano passado) para inteirar o valor total e comprar o caminhão. “Isso não é justo com os fornecedores. Recebo dezenas de cobranças daqueles que prestam serviço ao município. Eles também precisam receber. Propus ao prefeito que retirasse da dotação orçamentária de suas diárias”, explica a vereadora.
As dívidas do município com fornecedores ultrapassam a casa dos R$ 2 milhões. Esse valor, segundo a vereadora, foi aprovado para ser quitado em 2014, pelo Plano Pluri Anual (PPA). “Sou totalmente a favor da compra deste veículo. Não concordo em dar calote nos fornecedores para comprá-lo sabendo que podemos remanejar recursos de outros lugares”, diz Lindaura.
A parlamentar disse, ainda, que está pautando seu trabalho nos posicionamentos da assessoria jurídica da câmara. “O prefeito é mal assessorado e não sabe administrar. Eu não vou aprovar projeto sem saber do que se trata, se está dentro da lei, e se o município será beneficiado com ele”, diz a vereadora, ressaltando que as falhas no projeto enviado à câmara começaram no momento em que o texto chegou à casa de leis. “Não havia assinatura do próprio prefeito no projeto, foi quando começou a confusão. O executivo queria a liberação, mas nós não poderíamos concordar, sem ao menos saber que o prefeito havia tomado ciência do caso”, finalizou a vereadora.
Fonte: Extra de Rondônia
Texto: Da Redação
Foto: Matias Siqueira