Fato aconteceu em fevereiro de 2013 no Hospital Regional de Vilhena
Fato aconteceu em fevereiro de 2013 no Hospital Regional de Vilhena

O município de Cuiabá, capital do Mato Grosso (MT), terá que pagar R$ 28.960,00 a título de danos morais a uma paciente que tomou soro vencido na Policlínica do CPA I. A decisão é do juiz Gonçalo Antunes de Barros Neto, do Juizado da Especial da Fazenda Pública da Capital.

De acordo com a ação, no dia 3 de janeiro desse ano, a moradora de Cuiabá sentiu-se mal, com febre e fortes dores de cabeça e no corpo, “razão pela qual se dirigiu até a Policlínica do CPA I, onde foi atendida pelo médico plantonista e encaminhada para que tomasse vários remédios na veia, dentre eles, soro”.

De acordo com a paciente, após ela ter tomado o soro, foi verificado que o medicamento estava vencido desde o dia 20/11/2012, ou seja, há mais de um ano, “tendo a autora sentido muita tontura, diarréia e náusea”. Inconformada com o que aconteceu, a paciente ingressou na Justiça com uma ação.

 

Em Vilhena, punição foi “advertência”

A situação faz lembrar ao que aconteceu em fevereiro de 2013 na cidade de Vilhena. O caso do soro vencido aplicado num paciente no Hospital Regional (HR), veiculado com exclusividade pelo Extra de Rondônia, teve grande repercussão em todo o Estado. E, principalmente, pela resposta do prefeito Zé Rover com relação ao caso.

Na ocasião, num programa de rádio, o mandatário municipal afirmou que “soro vencido não faz mal”. A declaração teve repercussão negativa e foi contestada pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia.

Ainda, na oportunidade, o prefeito garantiu que o soro vencido havia sido “plantado” por opositores políticos na unidade hospital com a intenção de falar mal de sua gestão. Dias depois, uma comissão da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), em fiscalização no HR, recolheu uma série de medicamentos e materiais de uso hospitalar vencidos.

Depois, no dia 04 de abril de 2013, Rover determinou a criação de uma comissão para apurar o caso e punir os responsáveis. A comissão foi formada por servidores de carreira da prefeitura e, ao concluir o relatório das investigações, resolveu punir 11 funcionários públicos. Diferente do que aconteceu em Cuiabá, na cidade de Vilhena os responsáveis foram punidos com apenas “advertência na ficha funcional” e em alguns casos afastamento de 10 dias. Após esse periodo, todos retornaram às suas atividades normais.

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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