A unidade cerejeirense do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia (Sintero) confirmou na manhã desta quinta-feira, 30, que os profissionais do segmento poderão entrar em greve a partir desta segunda-feira, dia 3 de fevereiro, por conta da intransigência do Prefeito Airton Gomes (PP) durante as negociações de reajuste salarial. A categoria vem tentando conquistar o benefício desde o ano passado e o executivo municipal não aceita.
De acordo com o Diretor Municipal do Sintero em Cerejeiras, Valdecir Sapata Jordão, o único benefício que o Prefeito deu aos servidores municipais foi um auxílio alimentação no valor de R$ 109, quando o valor estipulado pelo sindicato foi de R$ 304. Agora, já às vésperas de uma nova paralisação dos servidores, o prefeito anunciou extraoficialmente que irá oferecer uma gratificação apenas aos professores, que irá equiparar o salário base municipal (R$ 1501) ao nacional (R$ 1697).
Sapata informou que o sindicato não irá aceitar a medida, caso seja colocada em prática. “Seria injusto com os ocupantes dos demais cargos da educação. Ou ele reajusta os salários de todos, ou haverá greve geral”, garantiu o representante do Sintero. A defasagem salarial dos servidores é de 35%. “Nós não estamos exigindo mais do que é necessário. Mesmo assim, o prefeito ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso”, explica Sapata.
O Sintero entregou um documento ao Prefeito Airton Gomes no último dia 9 de dezembro de 2013, pedindo providências quanto ao reajuste salarial. A greve dos servidores da educação está marcada para o próximo dia 3 de fevereiro, quando começam as aulas no município. “Se o prefeito não atender nossas reivindicações toda a categoria vai parar”, garante o Diretor Municipal do Sintero.
No ano passado os servidores já haviam iniciado uma greve. Airton Gomes ofereceu R$ 109 de auxílio alimentação e pediu paciência aos funcionários públicos municipais, pois iria atender as reivindicações assim que se inteirasse de todos os assuntos pertinentes ao executivo municipal, uma vez que era seu primeiro ano de mandato. Os servidores entenderam o pedido de Airton Gomes, e retomaram as atividades normais. Contudo, segundo Sapata, o prefeito nunca mais voltou a falar sobre o assunto, muito menos ofereceu uma contraproposta às exigências estipuladas. A greve, caso seja deflagrada, será por tempo indeterminado.
Fonte: Extra de Rondônia
Texto: Da Redação
Foto: Extra de Rondônia