O nível do rio Madeira no início da manhã desta quarta-feira (26) atingiu 18,56m – aferição feita as 10h15 – houve um pico às 04h da madrugada de 18,54m, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). Na Capital amanheceu chovendo piorando ainda mais a situação das áreas atingidas pelas alagações, região do Cai N’água, Triângulo, Mocambo, Areal e na zona Norte, Estrada do Belmont, onde as águas já desabrigaram famílias e a Defesa Civil com apoio do Exército, Corpo de Bombeiros, voluntários vem dando suporte as comunidades.
Na região ribeirinha, comunidades como São Carlos e Nazaré a situação é desesperadora, pois muitas famílias já perderam casas e estão alojadas em escolas. O transporte nos locais atingidos só através de barcos ou voadeiras.
O distrito de Abunã, localizado a 100 Km de Nova Mamoré, ao longo da BR 364, vem sofrendo muito com a cheia do rio Madeira, a região se encontra isolada da Capital e quase não nenhum contato com outros distritos vizinhos e que integram a ponta do Abunã. De acordo com moradores da região, em contato com a reportagem do Rondoniaovivo, falta assistência médica, e já tem desabastecimento de alimentos. No último sábado (22) uma equipe médica – formada por dois médicos e um técnico em laboratório – de Nova Mamoré, teve que se deslocar de voadeira até a região para auxiliar nos casos de emergência.
Muitas famílias tiveram que ser alojadas em uma unidade escolar e antiga estação ferroviária.
“Estamos desassistidos pelas autoridades. Estamos em uma situação de desespero lá, pedimos ajuda. Precisamos de alimento, água e material de higiene”, disse um morador. Cobras e até jacarés estão chegando nas casas por causa da cheia. Em uma vistoria de barco pelas casas do distrito é flagrado um jacaré na área de uma residência, registrado em vídeo.
Fonte: Rondoniaovivo