Após chegar à marca histórica de 19 metros acima do nível neste último domingo (9), o rio Madeira recuou e amanheceu nesta segunda-feira (10) com a 18,96 metros. De acordo com oficiais da Delegacia Fluvial de Porto Velho a situação pode ser considerada estável.
Com previsão de fortes chuvas até o próximo dia 16 de março, o nível do rio pode chegar próximo dos 20 metros acima do nível normal antes que águas do rio Madeira comecem a recuar de forma significativa.
Pelo menos nove bairros permanecem em situação critica os poucos moradores que decidiram permanecer nessas regiões estão sem o fornecimento dos serviços de água e energia elétrica. Nessas áreas a água está contaminada, muitos postes e transformadores elétricos estão submersos.
Outro problema que permanece com a cheia do rio Madeira dentro da área urbana de Porto Velho são as doenças infectocontagiosas como leptospirose, meningite, entre outras enfermidades advindas da fétida e contaminada água que tomou conta das ruas dentro do Centro da cidade.
Na Bolívia, a situação no departamento de Beni permanece calamitosa. Mais de trinta pessoas já morreram em problemas ocasionados pela cheia do rio Madeira, produtores rurais da localidade já perderam todos os seus investimentos.
Na BR-364 que liga Porto Velho a distritos e ao estado do Acre, o trecho que corta o rio Madeira permanece aberto apenas para o trânsito de caminhões durante o dia. Veículos menores permanecem sem acesso ao estado do Acre.
Responsável por quase 60% do fornecimento de água tratada em Porto Velho, a estação de tratamento de água da CAERD (Companhia de Água e Esgoto de Rondônia) está ameaçada pelos fortes banzeiros que assolam a margem do rio Madeira. A situação é de alerta e Porto Velho poderá passar a sofrer racionamento na distribuição de água tratada.
Fonte: Rondoniaovivo