justicaO juiz Arlen José Silva de Souza, da 1ª Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho, não acolheu a alegação de suspeição e rejeitou e exceção oposta por Sheila Kelle Vieira Corsino, contra o próprio magistrado, alegando que este seria suspeito para julgá-la porque, durante um audiência, foi acusado por Fernando Braga Serrão, o Fernando da Gata, de supostamente ter pedido propina para conceder habeas corpus ao acusado preso durante a Operação Apocalipse da Polícia Civil.

Kelle é ré no mesmo processo de Gata, onde se apura diversos crimes de estelionato praticados com cartões de crédito, bem como associação para o tráfico de drogas e tráfico de entorpecentes, entre outros delitos de natureza grave.

Kelle tem vínculos com Fernando da Gata, pois são corréus no processo e ainda têm a mesma advogada, Zilma Bezerra Gomes de Souza.

Fernando das Gata, quando estava preso, acusou o juiz de ter pedido, por intermédio de uma outra pessoa, pagamento de propina para conceder-lhe habeas corpus.

Kelle, por sua vez, alegou que, em razão de tais acusações, seria impossível manter o juiz Arlen imparcial atuando no processo, em razão de “abalo emocional e psicológico”.

As acusações feitas por Da Gata ao magistrado já estão sendo apuradas, inclusive o próprio juiz tomou a iniciativa de encaminhar ofício ao Tribunal de Justiça solicitando a abertura de investigação.

As acusações de Fernando da Gata ao magistrado – bem como a outros membros da magistratura rondoniense- foram gravadas durante uma audiência, em que foi lhe negado o pedido de liberdade provisória.

Durante esta audiência, o juiz mandou lavrar flagrante por desacato e calúnia contra Fernando da Gata, acusado de ser o chefe de uma quadrilha de estelionatários e narcotraficantes que financiaria campanhas políticas em Rondônia. Para o juiz Arlen, já se previa que ocorreriam inúmeras ações com o objetivo de tumultuar e retardar o andamento processual.

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Fonte:  Extra de Rondônia

Texto: Tudo Rondônia

Foto: Ilustração

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