As campanhas para as eleições de outubro deste ano, apesar de ainda estarmos longe do período das convenções partidárias, já começaram. De forma às vezes nem tanto velada, candidatos estão nas ruas em plena ação, neste período que antecede a definição dos nomes que estarão confirmados na disputa.
Em Rondônia, talvez a maior incógnita ainda seja a sucessão no Executivo, que conta com dez nomes lançados oficialmente ou como “balão de ensaio”, e hoje ainda é complicado arriscar palpites acerca de quem será confirmado, e quem é o favorito.
Começando então pelo atual governador, é praticamente certo que Confúcio Moura tente permanecer no cargo, escorado por vários fatores: faz parte do maior partido do país (que conta com representantes eleitos em quase todas as cidades do Estado); está no cargo, portanto tem a “maquina nas mãos”; não é um mau governador, apesar de sua assessoria falhar na divulgação maciça das ações da administração. Mas o que lhe favorece é a indefinição dos adversários, e a ausência forçada de políticos que poderiam lhe tirar do poder, caso de Ivo Cassol, por exemplo. Portanto, a conjunção lhe é favorável, por isso só mesmo um cataclisma o tira da disputa de outubro.
O chamado “Grupo Cassol” tem três nomes sendo debatidos em público, e um de forma mais contida. Estão “na roda” Maurão de Carvalho e César Cassol (ambos do PP), além de Neodi de Oliveira, do PSDC. Mas, no final das contas, acredita-se que Ivo Cassol, o “patrão” desta turma, acabe lançando mesmo a própria esposa Ivone Cassol, que segundo rumores já está sendo preparada para a missão. O grupo é forte, e o nome Cassol é respeitado, mas com tanta gente disputando a candidatura pode acabar se fragmentando, perdendo poder. Além disso, o fato de Ivo não ter conseguido sucesso como “transferidor” de votos nas eleições passadas, quando seu candidato João Cahulla foi derrotado por Confúcio Moura, é algo que preocupa os articuladores deste bloco.
O PT, que deve montar o palanque mais badalado das eleições deste ano para tentar reeleger a presidente Dilma Rousseff, em Rondônia está anunciando o deputado federal Padre Ton na disputa pelo governo. Trata-se de um bom candidato, apesar de não ser tão conhecido pelo eleitorado. Mas é ficha limpa, tem um bom currículo como administrador (já foi prefeito duas vezes), e tem potencial para crescer. Talvez o maior problema venha de instâncias superiores do partido, que podem barrar a pretensão do pré-candidato em torno da manutenção da aliança nacional que hoje governa o país, unindo PT e PMDB.
Outro nome de expressão na disputa é o de Expedito Junior, do PSDB. Também contará com palanque suntuoso, pois os tucanos vão investir forte na tentativa de retomar o comando do país perdido há 12 anos para o PT. Tem trabalhado forte nesta fase de pré-campanhas, percorrendo Rondônia de ponta a ponta sem parar. Porém, tem contra si uma curiosa situação jurídica, que o coloca como “ficha limpa” apenas poucos dias antes das eleições. Ou seja, sempre vai pairar dúvida em torno da legitimidade ou não de sua candidatura, e isso pode confundir o eleitorado.
No quesito “folclore”, a disputa pelo governo de Rondônia conta com outros três nomes: o servidor federal Luiz Alberto Lima (PSOL), a vereadora vilhenense Marta Moreira (PSC) e o líder comunitário de Porto Velho, Janderson Silva, do PSTU. Pode ser que pelo menos dois destes nomes sejam confirmados na urna, mas caso disputem mesmo o pleito devem ter participação discreta e tendem a se tornar meras curiosidades como sempre acontece em eleições no Brasil.
Fonte – Extra de Rondônia
Texto – Da Redação
Imagem – Ilustração