Desde segunda-feira, 24, o sindicato dos trabalhadores da Polícia Civil está realizando a “Operação Cumpra-se a Lei”, trabalhando rigorosamente dentro do que estabelece a legislação.
Em Vilhena, a iniciativa tem profundos reflexos na atuação do órgão de segurança, a começar pela frota disponível para realização do trabalho: das 14 viaturas disponíveis, sete estão retidas no pátio da delegacia por estar com documentação atrasada ou problemas mecânicos que afrontam o Código Brasileiro de Trânsito. O mais grave é que os quatro veículos disponíveis para perícia foram retidos em função do problema.
Segundo o delegado sindical do Sinsepol, que em Vilhena fala pela categoria, além da retenção das viaturas outras medidas estão sendo tomadas. Os servidores não vão mais custear do bolso pagamento de despesas que caberiam ao Estado, não trabalharão mais horas além das estabelecidas em seus contratos de trabalho, e executarão apenas as tarefas pertinentes a função que ocupam. “Em nossos movimentos de protesto com relação a questões salariais nós sempre procuramos chamar a atenção quanto às péssimas condições de trabalho que enfrentamos. Resolvemos mostrar à sociedade qual é a realidade”, afirmou o sindicalista.
Na entrevista ao Extra de Rondônia, ele revelou coisas incríveis, como o fato dos servidores da primeira delegacia de Polícia Civil da cidade serem obrigados a comprar água para consumo dos trabalhadores e de quem freqüenta o local. “Até mesmo para lavar as viaturas nós tínhamos que pagar, coisa que não acontecerá mais”, garantiu.
Segundo ele, o movimento foi deflagrado em todo o Estado, e conta com apoio dos sindicatos dos delegados e dos peritos. “Assim como nós, eles também são penalizados pela situação precária”, reiterou. A operação não tem data para ser encerrada, mas as delegacias estão abertas ao público para atendimento.
No entanto, o líder sindical concorda que o serviço da Polícia fica prejudicado. “Esperamos que o governo se atentasse para a questão e resolva de vez estas situações que estamos apontando. Além disso, queremos atenção para a questão trabalhista dos servidores, como a implantação do PCCS dos trabalhadores da Civil”, encerrou.
Fonte – Extra de Rondônia
Texto – Da Redação
Fotos – Mario Quevedo