A primeira-dama do município de Vilhena, Lisangela Rover (PP), não deve aceitar o desafio de concorrer no pleito eleitoral deste ano.
Apesar da própria Lisangela nunca ter declarado publicamente a pré-candidatura a deputada federal, a eleição ao cargo era confirmado, nos bastidores, por assessores do prefeito Zé Rover, seu esposo.
Agora, os mais “chegados” ao mandatário municipal explicaram ao site os motivos da suposta desistência: Lisangela não está afim de política e pensa em dedicar-se aos negócios da família.
Outro fator que pode complementar o desejo em se afastar do jogo eleitoral são as parcerias firmadas entre o grupo do qual a primeira dama faz parte com outros deputados federais, que, consequentemente, irão disputar a reeleição. Sua candidatura acarretaria em um “racha” com outros grupos aliados.
Entretanto, a “matemática eleitoral” na coligação que faz parte também é decisiva. De acordo com os assessores ligados ao grupo, para Lisangela sair eleita do Cone Sul e conquistar uma vaga no Congresso Nacional deveria fazer, pelo menos, 25 mil votos em Vilhena, e mais 15 mil na região, totalizando 40 mil, o que é impossível, uma vez que há rejeições naturais (todo candidato possui), concorrência entre partidos, e até mesmo candidatos de uma mesma coligação, para atrapalhar a busca pela marca.
Apenas para se ter uma idéia, nas eleições de 2010, o ex-deputado federal Natan Donadon (PMDB), que teve o apoio de seis dos sete prefeitos da região, teve 19 mil votos em Vilhena. No geral, no Cone Sul, conquistou 33 mil votos. Ele obteve mais 10 mil em outros municípios, totalizando 43 mil votos, sendo o quarto deputado mais votado de Rondônia.
Sem Lisangela no páreo, outro nome do PP deve emplacar no grupo de Zé Rover ao cargo. A alternativa seria lançar o ex-secretário de educação, José Arrigo, que foi um dos coordenadores da campanha vitoriosa de Rover nas eleições municipais de 2008 e 2012.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia