“Estamos em greve”. A faixa fixada nas grades que delimitam o espaço geográfico dos Correios, em Vilhena, já apresenta aos usuários do sistema a condição de trabalho que está inserida por tempo indeterminado, de acordo com os servidores, que já ocuparam a frente do prédio de “braços cruzados” à espera de um posicionamento da empresa.
Em conversa com a equipe de reportagem do Extra de Rondônia os carteiros, categoria que decidiu interromper as atividades, explicaram que a unidade no município está há dois anos trabalhando com déficit de profissionais, e o grupo está com um problema mais sério: a equipe, que deveria conter pelo menos 18 servidores, está desfalcada.
O carteiro Gilvair Costa de Andrade contou que cinco profissionais do setor estão asfaltados das funções, e apenas sete carteiros estão trabalhando normalmente nas entregas convencionais. “Temos que cobrir o nosso distrito e dos outros para tentar entregar as correspondências em tempo hábil”, explicou o carteiro.
A principal reivindicação de trabalhadores é justa: “Só queremos contratação de novos profissionais para regularizar a entrega dos serviços. Da forma que está, as correspondências chegam atrasadas para as pessoas, o nosso serviço cai em descrédito, e todo mundo perde com isso”, explicou Gilvair Costa de Andrade.
O município conta, atualmente, com 15 distritos que devem ser percorridos pelos carteiros. Os Correios determinaram que o número deverá ser aumentado para 18. “Isso não aconteceu ainda, e de qualquer forma o trabalho irá aumentar”, ressaltou o carteiro.
A categoria se reuniu com os representantes dos Correios antes de iniciar a greve. Os representantes da empresa haviam pedido prazo até a sexta-feira, 11, para regularizar a situação, e não cumpriram o acordo.
Fonte: Extra de Rondônia
Texto: Da Redação
Foto: Extra de Rondônia