A Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste apresentou na tarde desta quinta-feira,14, Norisvaldo Francisco Gomes, de 41 anos, que estava separado de Glória de Lima Gomes, e é pai de Nosliane de lima Gomes, mãe e filha que foram encontradas mortas num cafezal entre o travessão 20 e 24 da RO-470, no dia 26 de junho. Ele é o principal suspeito de ter arquitetado a execução da ex-companheira e da filha adolescente.
Mãe e filha faziam caminhada juntas na pista da rodovia estadual, mas na terça-feira (24), não voltaram para casa, e desapareceram sem deixar pistas. Dois dias depois os corpos de Glória e Nosliane foram encontrados já em estado de decomposição. O crime covarde contra mãe e filha repercutiu até fora do Estado de Rondônia, e chocou a população local.
Com a prisão do ex-marido e pai da menor, a Polícia Civil espera encaixar as peças do quebra cabeça desse enredo macabro, e elucidar em 100% o duplo assassinato.
OS FATOS
Segundo a investigação policial, na segunda-feira daquele mês, antes de desaparecer, Glória teria procurado o ex-marido e dito a ele que iria procurar a Justiça para exigir seu direito e da filha.
Os bens da família destituída com a separação inclui um lote de aproximadamente 10 alqueires e uma pequena chácara. É possível que, em razão de tão pouco, mãe e filha tenham sido executadas.
Enquanto viveu com Glória e sua família, Norisvaldo sempre aparentou ser um homem integro e acima de qualquer suspeita; ele frequentava a Congregação religiosa mais tradicional da linha vicinal.
CONTRADIÇÕES
Durante as investigações o ex-marido, que era suspeito desde o começo, começou a entrar em contradição; a atual mulher do acusado chegou a levar depoimento escrito de tanta insegurança na hora de dar a versão que inocentava Norisvaldo.
Os delegados Roberto dos Santos da Silva e Julio Cesar Souza Ferreira tomaram inúmeros depoimentos de parentes, amigos próximos, e até de um namorado da adolescente.
O Inquérito que apura o assassinato de Glória e Nosliane consumiu centenas de páginas e muitas horas de incursões de agentes do Serviço de Investigação a vários lugares, onde poderia haver uma pista mais contundente.
Após 1 mês e 19 dias, a Polícia consegue mandado de prisão provisória contra Norisvaldo para concluir o Inquérito sem o acusado solto, para ele não tentar inibir testemunhas e atrapalhar as investigações.
Fonte: Rondonoticias