Por mais que pareça mentira, não é. A cidade de Pimenteiras do Oeste, localizada às margens do Rio Guaporé, que divide o Brasil da Bolívia, e que tem o turismo como mola propulsora para alavancar a economia local (principalmente no que diz respeito ao turismo ecológico), vive uma das maiores incoerências dos últimos tempos: as plantas que deveriam embelezar as praças da Orla e Quilombola estão morrendo por falta d´água.
O gramado, bem como as plantas, são o reflexo de que a seca amazônica está judiando todos os seres vivos, principalmente aqueles que não podem se locomover para ter acesso a água, que em um dos casos está a pouco mais de 20 metros de distância do local.
A população chiou, e a câmara de vereadores enviou requerimento ao titular da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), Izaque Zigue, para que tomasse providências.
O documento foi emitido há 15 dias e até então a água do Guaporé chega no sul, mas não às praças. Seria cômico, se não fosse trágico, pensar que a prefeitura municipal de Pimenteiras do Oeste cancelou a 25ª edição do Festival de Praia justamente por conta da cheia do rio, e deixa as plantas (que foram compradas com dinheiro público) morrerem por falta de irrigação.
Municípios que têm o turismo como fonte importante de renda, como Pimenteiras, tem que levar em consideração que a beleza do local é sim de suma importância para atrair mais turistas à região. Isso faz com que a cidade comece a se tornar referência por conta das atrações, e consequentemente espaço nas agendas das pessoas que gostam de conhecer regiões diferentes das suas.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia