O candidato à reeleição do Governo do Estado de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB) esteve em Vilhena no final da manhã desta quarta-feira, 1º de outubro, para uma reunião com os colaboradores do Frigorífico, onde apresentou suas propostas políticas.
Antes do encontro, ele participou de um almoço com correligionários vilhenenses, e conversou com exclusividade com a equipe de reportagem do Extra de Rondônia.
Confúcio avaliou sua campanha como positiva e disse que este pleito está bastante disputado, sem candidatos favoritos distantes dos demais. O candidato disse que as pesquisas de intenção de voto que têm sido publicadas estão confusas, fato que gera mais estranheza com relação às opiniões acerca dos resultados. “A única certeza que tenho é de que haverá segundo turno”, disse.
Com relação aos ataques que vêm sofrendo dos oponentes, o candidato a reeleição contou que encara com normalidade, pois, segundo ele, o fato de ser o atual Governador de Rondônia o torna automaticamente alvo de críticas da oposição. “Rebato dizendo que fiz mais que todos os outros governadores, mas é difícil. Sou apenas um falando contra quatro”, disse, sorrindo.
ALIANÇAS NO SEGUNDO TURNO
Sobre a possibilidade de estar inserido em um segundo turno com o candidato tucano, Expedito Junior (PSDB,) a equipe de reportagem da página eletrônica perguntou ao peemedebista quais seriam suas alianças, tendo em vista o fato de que o Partido dos Trabalhadores (PT) já se mostrou contrário à reeleição de Confúcio, lançando consequentemente o nome de Padre Ton como candidato ao mesmo cargo.
Confúcio Moura foi enfático ao dizer que acredita que o PT não venha completamente “fechado” em uma eventual aliança para a segunda etapa da campanha ao poder executivo estadual. O candidato à reeleição disse que parte dos petistas, que têm uma aliança consolidada com o PMDB a nível nacional, porém estremecida em Rondônia, acaba anulando seus votos, enquanto outro grupo vota contra o atual Governo, e outra parcela favorável à ideologia peemedebista.
O candidato, em sua análise, evitou falar qual grupo dentro desta linha de pensamento seria maior, para que fosse possível um direcionamento de raciocínio. Com relação a Ivo Cassol foi enfático ao dizer que “não dá pra saber o que ele vai fazer. Acredito que o eleitorado dele será moderado”, opinou.
Em uma segunda análise, disse que os partidos podem deixar seus correligionários e simpatizantes livres para tomarem a decisão em quem votar. Muito à vontade, e como sempre brincalhão, o candidato ao governo do estado disse que o segundo turno será uma eleição ao estilo “salve-se quem puder”.
DESCRÉDITO
O candidato à reeleição comentou sobre a dificuldade que os políticos vêm enfrentando nestas eleições, no que diz respeito à confiança das pessoas nos candidatos, bem como na execução de suas promessas de campanha. Confúcio Moura ressaltou que os eleitores estão bastante moderados, e que as eleições deste ano estão diferentes em vários sentidos. “A população está calada, observando os candidatos. Os comícios não existem mais e o contato com os eleitores é solto, presente apenas ruas”, descreveu.
Ele continuou dizendo que as pessoas realmente estão insatisfeitas com a política, porém destacou que não sabem como resolver esse problema. “Uma das alternativas utilizadas é o voto de protesto, que não é necessariamente a saída”, acrescentou. Confúcio Moura disse que defende a renovação na política, principalmente na Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia (ALE). “Atualmente temos apenas cinco deputados ponta de linha, que trabalham em benefício do povo, não para si; naturalmente haverá novos deputados, mas se tivermos pelo menos dez iguais aos cinco que existe, o estado só tem a ganhar”, opinou.
REFORMA POLÍTICA
Confúcio Moura disse, ainda, que acredita no fato de que o país caminha para uma reforma política. Ele defendeu o financiamento público de campanhas eleitorais ao formato político alemão, no qual o partido, baseado na quantidade de votos que recebeu recebe um valor determinado por voto para realização de campanhas.
O candidato à reeleição ao Governo do Estado de Rondônia concordou que essa medida acabará com os partidos nanicos no Brasil, os quais foram considerados por Confúcio como “partidos de aluguel”. O peemedebista ressaltou que os investimentos privados nas campanhas eleitorais estão cada dia mais escassos, segundo ele, porque os empresários estão receosos quanto aos apoios financeiros. “A fiscalização está intensa. Como muitos investimentos empresariais foram jogados na mídia, os investidores demonstram medo em serem citados como aliados de campanha desse ou daquele candidato”, justificou.
Mesmo defendendo o financiamento público de campanha eleitoral, o candidato disse que acredita em um meio termo, através do qual pessoa física e a iniciativa privada possam também contribuir. Para concluir sua linha de raciocínio no que diz respeito à reforma política, Confúcio Moura disse acreditar que ele só será oficializado no Brasil através de uma ação exclusiva do poder executivo nacional. “Se depender do congresso isso nunca acontecerá”, arrematou.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia