Após quase cinco meses de investigação, a Polícia Civil de Vilhena (RO) deve concluir nas próximas semanas o inquérito policial da fuga de oito presos do Centro de Ressocialização Cone Sul, em maio deste ano. De acordo com o delegado Lincoln Mizusaki, um agente penitenciário da unidade deve ser responsabilizado de forma culposa pela facilitação dos detentos, isto é, quando não há intenção.
Segundo inquérito polícia, no dia 12 de maio os apenados se esconderam em uma parte do forro do presídio, onde ficaram até o anoitecer e depois fugiram. Os agentes penitenciários perceberam a ação apenas no dia seguinte após uma recontagem. “Ao ouvirmos servidores do presídio e apenados, constatamos que uma agente acabou fazendo a contagem errada no dia, o que acabou propiciando a fuga dos oito presos”, afirma o delegado.
Durante a investigação, mais de 30 pessoas foram ouvidas. Ao concluir o inquérito, a polícia diz que vai encaminhá-lo ao juizado especial de Vilhena, onde será decidido quais as penalidades para o agente penitenciário apontado na ação. “Vale lembrar que ele será responsabilidade de forma culposa pela fuga, quando não é intencional. Pelos depoimentos e materiais periciados, não existe nenhum culpado de forma dolosa”, explica.
Segundo Mizusaki, o inquérito deve ser concluído somente após ouvir o último preso que foi recapturado no Mato Grosso em agosto, após participar de um roubo. Desde que a fuga ocorreu no Centro de Ressocialização, apenas quatro dos oito presos foram recapturados.
O primeiro se entregou no Tribunal de Justiça em Vilhena no dia 30 de maio. O segundo foi preso pela Polícia Militar após cerco ser montado em frente da casa onde o detento estava dormindo, no dia 18 de junho. Em agosto, Carlos Eduardo foi encontrado pela Polícia Militar em uma fazenda. A última recaptura foi também em agosto, quando a PM de Campo Novo dos Parecis (MT) prendeu Luan Fabrício Correia em um roubo.
Fonte G-1
