O servidor público Acácio Felix, ex-diretor do Procon, de Vilhena, que foi multado por crime eleitoral no 1º turno das eleições em Rondônia, afirmou que a Justiça foi muito “rígida” durante o período eleitoral.
Acácio, que visitou a redação do Extra de Rondônia, na tarde desta quinta-feira, 13, teve que pagar R$ 2 mil, por ser preso distribuindo material de campanha política no dia 5 de outubro.
O fato aconteceu no bairro Cristo Rei, quando o servidor foi flagrado por agentes da Polícia Federal levando, em seu veículo, materiais de campanha (folders, santinhos, adesivos, etc.) do então candidato à reeleição ao governo Confúcio Moura (PMDB). “Não sou contra jogar os santinhos, pois algumas pessoas pegam esses papeis e votam. Porém, acredito que a justiça poderia determinar que os responsáveis por jogar os santinhos limpassem as ruas depois”, argumentou Acácio.
Para o servidor, a Justiça deve ter bom senso em certas situações. “Acredito que a Justiça deveria ser mais tolerante, pois, em muitos, foi muito rígida. Um exemplo foi nas carreatas, onde os caminhões de som tinham que passar em silêncio em frente às escolas e hospitais. Nesses momentos parecia uma caminhada fúnebre, de tão silenciosa”, detalhou Acácio.
Outro fato analisado por Acácio é referente aos comitês eleitorais. Segundo ele, a Justiça determinou que as fotos dos candidatos deveriam ficar viradas para dentro do comitê. “Então, desse jeito, a gente ia pedir votos para as próprias pessoas que trabalhavam no comitê. Isso não faz sentido”, afirmou.
Para ele, é preciso que nas próximas eleições seja realizada uma reunião com os cabos eleitorais e com os representantes da Justiça Eleitoral para definir estratégias para melhorar o processo e dar a chance das pessoas trabalharem de forma adequada.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia