A manicure vilhenense M. M, usuária do site de relacionamentos Facebook, fez um alerta pela sua conta no final da semana passada, chamando a atenção de seus contatos com relação a uma van, marca Volkswagen, modelo Kombi, que estava em Vilhena prestando serviços fotográficos a crianças e adolescentes da cidade.
Segundo o relato dela, uma informação lhe foi repassada, através do WhatsAPP, dando conta de que as pessoas que estavam com esse veículo são suspeitas de fazerem tráfico de órgãos, e que a Polícia Federal (PF) estava percorrendo escolas da cidade pedindo que tanto as crianças, quanto seus responsáveis, ficassem atentos com essas pessoal. Apesar de ela não ter certeza acerca da veracidade das informações, seu comunicado, em apenas quatro dias, ganhou uma enorme repercussão no Cone Sul do Estado.
Mais de 1230 compartilhamentos foram feitos, e dezenas de pessoas utilizaram o espaço destinado aos comentários para iniciar um debate sobre o assunto. Muita gente chegou a dizer que viu a Kombi passar em seu bairro, e muitos disseram terem sido abordados pelos fotógrafos que ofereceram seus serviços.
Os pais de crianças avisaram outros, que também repassaram o alerta. Os moradores da região ficaram preocupados a ponto de disseminar a informação. No sábado, 29, uma van cujas características não coincidem com as da Kombi foi presa pela Polícia Militar (PM) do município de Colorado do Oeste.
A informação de que uma van que trabalha com fotografia foi detida pela PM ganhou os bairros da pequena cidade, e muita gente ligou a história com a da Kombi que ganhou o município de Vilhena. O Extra de Rondônia foi informado, percebeu a repercussão da história e foi a campo investigar os dois casos em específico.
A van detida em Colorado do Oeste, segundo dados da própria PM da cidade, foi presa durante uma blitz da polícia. O condutor do veículo não tinha documentação pra comprovar que o IPVA estava em dia. Por conta disso, o veículo foi encaminhado ao pátio da CIRETRAN local.
Mesmo havendo os boatos em Colorado do Oeste, sobre a possibilidade de tráfico de órgãos, os policiais que conversaram com a equipe de reportagem da página eletrônica confirmaram que não há qualquer suspeita de o veículo estar relacionado a esse tipo de crime, não havendo sequer denúncias sobre o assunto.
Os responsáveis pela Kombi que está circulando em Vilhena não foram encontrados para falar sobre as informações veiculadas pelas redes sociais. O que se sabe é que a equipe presta serviços fotográficos itinerantes, e já percorreu vários municípios do estado de Rondônia. O telefone de contato do grupo está desligado, mas se quiserem se manifestar, o Extra de Rondônia deixa espaço aberto para apresentarem suas versões sobre o caso.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Contribuição do internauta