O vereador Carmozino Alves (SDD) subiu o tom contra o empresário vilhenense, Fausto Moura, dono do aterro sanitário, na manhã desta quinta-feira, 4, durante sessão extraordinária, realizada no gabinete da presidência da câmara de vereadores.
O encontro parlamentar contou com a participação dos catadores do município, que pediam aos vereadores que aprovassem o projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a firmar um convênio com os profissionais para ajudar nas despesas relacionadas ao custo operacional do trabalho que realizam.
Carmozino não poupou críticas contra Fausto, e o chamou, dentre outras coisas, de bandido, pilantra, moleque e ladrão. De acordo com o entendimento do vereador, cabe ao poder executivo auxiliar os catadores no transporte e alimentação, enquanto Fausto deveria pagar todas as outras despesas que eles têm. “Os catadores estão pagando pra trabalhar. Ele está ganhando muito dinheiro da prefeitura, e está sendo moleque com os catadores. Além de ele estar roubando o dinheiro da prefeitura, se nega a ajudar essas pessoas que estão trabalhando”, disse o vereador.
Ele chegou a propor a seus pares que Fausto fosse convocado para uma reunião na câmara. “Eu quero que venha aqui pra nós darmos de dedo na cara dele e falar que ele é ladrão, pois está roubando da associação dos catadores”, disparou. A insatisfação do edil se deu porque o convênio feito pelos catadores prevê, dentre outras coisas pagamento da manutenção de máquinas que pertencem ao aterro sanitário, bem como custeio de hora-máquina cobrada pelo empresário.
Carmozino explicou aos catadores que o convênio, bem como as exigências feitas pelo empresário, acatada pelo grupo, que serão custeadas com dinheiro público, podem trazer problemas com a justiça futuramente aos gestores da associação. “Mais cedo ou mais tarde vocês podem ter que devolver dinheiro aos cofres públicos por conta desse convênio, e não terão o valor pra pagar essa conta. O Fausto não colocou o nome dele em nenhum documento relacionado a este convênio, e quem responderá serão vocês”, alertou o parlamentar.
Mesmo diante dos alertas apresentados pelos vereadores, o grupo pediu que o projeto fosse aprovado para que não possam ficar sem trabalho. A associação dos catadores já deve para o empresário Fausto Moura, segundo a presidente do grupo, Neli Soares, aproximadamente R$ 20 mil. Esses profissionais têm que pagar aluguel do barracão, além de aluguel das máquinas utilizadas para a seleção do lixo, transporte, alimentação, e realizar a manutenção das máquinas pesadas do aterro sanitário, bem como pagar ao empresário hora-máquina para que possam utilizar os tratores.
Carmozino ficou irritado ao saber das exigências feitas por Fausto, e disse estar investigando sua vida. “Esse sujeito trocado por fezes sai caro”, disparou. O projeto foi aprovado na casa de leis por unanimidade. A associação dos catadores irá receber R$ 12.960 mil equivalentes aos meses de outubro, novembro e dezembro. O site deixa espaço à disposição do empresário para eventuais esclarecimentos.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia