A força-tarefa formada por técnicos da Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa), médicos e enfermeiros da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) vai direcionar suas ações para manter em queda a incidência de dengue em Rondônia e inibir a entrada da febre chikungunya – doença que possui sintomas parecidos com a dengue, transmitida pelo mesmo mosquito Aedes aegypti.
O anúncio foi feito na última quinta-feira, 4, em Porto Velho, pelo secretário estadual de Saúde Williames Pimentel. A ação faz parte do Dia Nacional de Combate à Dengue.
A estratégia foi definida desta forma porque números do setor de estatísticas da Agevisa apontam que de janeiro a novembro deste ano, mais de quatro mil casos de dengue foram notificados em Rondônia, contra mais de 12 mil no mesmo período do ano passado. O número confirma uma redução que ultrapassa a casa dos 60% de incidência da doença no Estado.
Com o objetivo de detectar precocemente os casos suspeitos de dengue e febre chikungunya em Rondônia, a Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa) lançou nesta sexta-feira, 5, nova campanha de mobilização para manter a redução da doença no Estado, bem como ações preventivas para tentar inibir a entrada da febre chikungunya, que até o momento, possui três casos suspeitos – detectados nas cidades de Vilhena, Porto Velho e Guajará-Mirim, que deram negativos.
De acordo com diretora-geral da Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa), Arlete Baldez, apesar da avaliação positiva, o Mistério da Saúde incluiu Rondônia na lista dos estados considerados de risco.
Dos 52 municípios, apenas sete estão na lista dos que podem ter surto ou epidemia: Buritis, Campo Novo de Rondônia, Colorado do Oeste, Costa Marques, Cujubim, Itapuã do Oeste e São Francisco do Guaporé.
Outras 26 cidades do Estado estão em situação de alerta, incluindo Porto Velho, e 19 em situação satisfatória. De acordo com a diretora-geral da Agevisa, Arlete Baldez, a campanha tem como objetivo mobilizar para que o Estado diminua ainda mais índice de infestação, hoje girando na casa de 4%, para 1%.
Arlete Baldez afirma que todo o trabalho vem acompanhado pela Coordenação Estadual da Dengue, com supervisão da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
Segundo o Ministério da Saúde (MS), dez capitais apresentaram situação de alerta (índice de infestação entre 1% e 3,9%) Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho. Outras 11 estão com índices satisfatórios: Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa.
O QUE É FEBRE CHIKUNGUNYA?
Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.
Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.
Texto: Assessoria (Zacarias Pena Verde)
Fotos: Ilustrativa