Mosquini é acusado de utilizar o DER governamental para fins escusos
Mosquini é acusado de utilizar o DER governamental para fins escusos

Complicou-se ainda mais a situação jurídica e política do deputado federal eleito Lúcio Mosquini (PMDB).

No último dia 19, Ernandes Amorim, ex-prefeito de Ariquemes e primeiro suplente da coligação pela qual Mosquini foi eleito, ingressou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com ação contra expedição de diploma a Mosquini.

A principal fundamentação da ação é que Mosquini não se descompatibilizou de fato do cargo de diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), continuando a mandar no órgão após sua saída para concorrer à Câmara Federal.

Na ação, o advogado de Amorim, Nelson Canedo Mota, relaciona uma série de interceptações telefônicas, feitas com ordem judicial pela Polícia Federal (PF), que mostram Lúcio Mosquini, em plena campanha eleitoral, dando ordens na diretoria do DER e influenciando na condução das obras do chamado Novo Espaço Alternativo. “Essa obra não pode parar. Ela dá o segundo turno pra nós”, diz Mosquini ao governador Confúcio Moura (PMDB) numa das muitas conversas interceptadas pela PF durante as investigações que resultaram na Operação “Ludus” e na prisão de Mosquini e de seu sócio, o prefeito de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni.

Lúcio Mosquini, que mora em Jaru, foi eleito com 40.595 votos, dos quais 10% foram obtidos em Porto Velho. A ação diz que a expressiva votação se deu em função do uso intensivo do DER para alavancar sua candidatura.

Mosquini é acusado de utilizar o órgão governamental para fins escusos. Além de ganhar dinheiro com a obra feita pela construtora da qual era sócio oculto, ele ainda tirou proveito político-eleitoral do empreendimento.

O ex-diretor do DER também é acusado de ter fraudado e direcionado a licitação do Novo Espaço Alternativo para seu sócio Alex Testoni e, mesmo depois que saiu do órgão para concorrer a deputado, continuou dando ordens como se ainda fosse o diretor, usurpando a função pública e tirando proveito político e econômico.

As gravações da PF mostram que Mosquini se descompatibilizou de direito, mas não de fato, pois continuou a comandar o DER em plena campanha eleitoral – pelo menos quando o assunto era a obra do Espaço Alternativo -, na qual ele tinha interesse direto.

 

Texto: Tudo Rondônia

Foto: Divulgação

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