O Ministério da Saúde (MS) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), lançaram na primeira semana de 2015, em rede nacional, campanha que estabelece normas para estimulo do parto normal e consequente redução de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar.
Em Vilhena, a equipe de obstetrícia está sendo equipada e preparada para realização da assistência do parto humanizado. De acordo com o prefeito Zé Rover, na primeira semana de janeiro, o município já realizou no Hospital Regional dois partos normais humanizado de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde.
“Estamos nos preparando e aperfeiçoando a equipe obstétrica para essa nova realidade. O parto normal humanizado retoma antigos procedimentos e devolve a mãe o controle do ritmo do seu corpo na hora de dar à luz, além de permitir que ela esteja acompanhada por um membro da família de sua escolha. Toda estrutura está sendo modificada e preparada para essa realidade”, explicou o secretário de Saúde, Vivaldo Carneiro.
PARTO HUMANIZADO E NATURAL
Com experiência na área de obstetrícia, a enfermeira e defensora do parto natural humanizado, Edna Reis, diz que com este método a mãe tem o direito de ter a presença de um acompanhante, antes, durante e depois. A mulher nesse processo pode ter total domínio do momento do nascimento.
Edna explica que a diferença entre o parto natural humanizado e parto normal é justamente como todo processo é conduzido. “No parto humanizado o atendimento é centrado na mulher. Ela é tratada com respeito e de forma carinhosa, podendo desfrutar da campanha de um membro da família, ela pode caminhar, tomar banho, não precisando ficar longos períodos em jejum total.
As intervenções de medicamento, aceleração do parto ou mesmo o tradicional corte vaginal acontece somente quando é estritamente necessário, quando existe critério para isso e com autorização da paciente. O bebe ao nascer tem o primeiro contato com mãe, sentindo o calor da mãe, estimulando a amamentação”.
Futuramente com a construção do Centro de Parto Normal, localizado anexo ao Hospital Regional, haverá banheira, quarto individualizados, a paciente terá oportunidade de escolher onde ela quer ganhar o bebe. O ponto principal do parto normal humanizado é fator humano e sentimental oferecendo uma recuperação mais rápida para a mãe e menos risco para o bebê, isso por que ao nascer de parto natural ele corre menos risco de aspirar liquido e também de infecções. A realização da cesárea apenas quando for realmente necessária.
O prefeito esclareceu, ainda, que com essa mudança o atendimento ao recém-nascido consiste na assistência por profissional capacitado, médico (preferencialmente pediatra ou neonatologista) profissional de enfermagem (preferencialmente enfermeiro obstetra ou neonatal), desde o período anterior ao parto, até que o recém-nascido seja encaminhado ao quarto em alojamento conjunto com sua mãe ou à unidade neonatal. A equipe de atendimento deve incluir médico residente, enfermeiro, técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem.
Texto: Assessoria Semcom
Foto: Extra de Rondônia