A bancada de Rondônia na Câmara dos Deputados Federais tomou posse na manhã deste domingo enfraquecida e sob a expectativa de cassação de mandatos por crimes eleitorais e corrupção.
Foram empossados os oito deputados federais rondonienses eleitos ou reeleitos: Lindomar Garçon (PMDB), que chegou atrasado à Câmara; Marinha Raupp (PMDB), que vai para o sexto mandato; Mariana Carvalho (PSDB), Expedito Neto (PSDB), Lúcio Mosquini (PMDB), que estava preso até recentemente, Marcos Rogério (PDT) e Luiz Cláudio (PP).
Destes, pelo menos dois correm risco de cassação ainda neste semestre: Lúcio Mosquini e Lindomar Garçon. O primeiro foi preso junto com o prefeito afastado de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni, acusado de corrupção consistente numa série de ilegalidades praticadas na construção do Novo Espaço Alternativo de Porto Velho, obra do Governo do Estado que está paralisada por ordem do Tribunal de Contas de Rondônia.
Mosquini também responde a uma ação direto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), impetrada pelo suplente Ernandes Amorim (PMDB), que o acusa, com provas documentais, de ter usado o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), do qual foi diretor geral, para se eleger deputado federal.
Outro que também corre risco de cassação ainda neste semestre é Lindomar Garçon, que voltou à Câmara depois de perder o mandato anterior para Marcos Rogério. Garçon é acusado de compra de votos e seu processo está caminhando rapidamente no Tribunal Regional Eleitoral.
A situação dos dois parlamentares, além de constranger os demias colegas na Câmara, ainda enfraquece ainda mais a bancada – que nunca se notabilizou nem se destacou em Brasília.
Sem força em Brasília, a bancada não reúne condições para defender os interesses de Rondônia junto a Ministérios, desta forma prejudicando o Estado em questões essenciais como recursos para estradas, saúde, agricultura, saneamento básico, educação, segurança pública e algumas questões bastante polêmicas, como viadutos na capital e a transposição.
Autor: Tudorondonia
Foto: Divulgação