Reunidos na tarde desta segunda-feira, 9, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sinuelo do Norte em Vilhena, caminhoneiros e transportadores decidiram manter a paralisação da frota que transporta grãos da região do cone sul e noroeste do Mato Grosso.
Com o aumento do combustível eles cobram uma melhoria no preço do frete sem o qual a atividade se torna inviável, alega o presidente da CTR, Jorge Roberto Baungratz, o “Marreta”, que demonstrou através de planilha detalhada os custos de operação que inviabilizam a atividade quando comparada ao que está sendo pago pelo frete.
A paralisação continua por tempo indeterminado até que um acordo de aumento na pauta dos transportes seja negociado. Os transportadores ganharam apoio da Associação Comercial e Industrial de Vilhena (ACIV) e do Sindicato dos Produtores Rurais de Vilhena e Chupinguaia.
Gustavo Sartor, do Sindicato dos Produtores Rurais, e Marreta, da CTR, confirmaram que o deputado Luizinho Goebel (PV) entrou em contato com os líderes do movimento e se colocou a disposição para ajudar no que estiver ao seu alcance. Sartor disse que todos estão no mesmo “balaio”, se referindo à classe produtora e a classe dos transportadores. “Hoje são os transportadores que precisam de apoio amanhã pode ser a classe produtora, estamos todos no mesmo “balaio“”.
O empresário e produtor Eloi Maria representado a ACIV disse que essa situação e reflete no comércio, que sente o reflexo da crise, pontuando que a necessidade de todos os segmentos produtivos se unir para apoiar o movimento para que a economia seja fortalecida.
A comissão que está à frente do movimento recebeu sinal verde para abrir conversações com tradings como AMAGGI, Bungüe e Cargill que atuam na originação de soja e milho, industrialização, logística, operações portuárias e importação e comercialização de insumos agrícolas e são responsáveis pela contratação de transportes no setor de commodities.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Ézio Ricardo