A Polícia Federal em Goiás deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), a Operação Coiote para desarticular uma quadrilha que agia no Brasil e nos Estados Unidos promovendo a imigração ilegal de brasileiros.
A operação ocorre, simultaneamente, nos estados de Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rondônia, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Piracanjuba, Governador Valadares, Uberlândia, Vitória, Rio de Janeiro e Vilhena. Cerca de 200 policiais cumprem 54 mandados judiciais, sendo 43 conduções coercitivas, 5 mandados de busca e 6 mandados de prisão preventiva.
Os integrantes da organização criminosa investigada atuavam como intermediadores para aquisições de vistos consulares para os EUA, utilizando documentos falsos junto às autoridades consulares do país americano. Dentre os documentos falsificados constavam extratos bancários, contracheque falsos ou adulterados com valor superior ao efetivamente recebido pelo requerente, vínculos empregatícios inexistentes, declarações falsas de imposto de renda e declaração de bens, falsos vínculos com universidades, além de documentos que atestavam vínculos fraudulentos até com o Exército Brasileiro.
Os “coyotes” conduziam os imigrantes ilegais pela fronteira mexicana mediante pagamento com duas opções de ingresso: na versão mais cara, o imigrante viajava todo trajeto em veículos, ônibus e aviões até ingressar em território americano ao custo entre R$ 27 mil e R$ 30 mil; na mais barata, porém mais difícil, o imigrante passava até quatro noites caminhando até ingressar nos Estados Unidos, que teria um custo aproximado de R$15 mil por pessoa.
Os alvos que se encontram fora do Brasil foram incluídos na lista de procurados da INTERPOL, por meio da Coordenação Geral de Cooperação Internacional (CGCI) da Polícia Federal.
Neste momento, as autoridades americanas também estão tomando todas as medidas necessárias para neutralizar os criminosos que se encontram nos Estados Unidos. Os acusados responderão mediante sua participação no esquema criminoso e somadas, todas as penas podem chegar a 24 anos de reclusão.
Fonte: DPF
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