Segundo o Sintero, Confúcio “é um forte candidato ao posto de governante que mais promete e que menos cumpre seus compromissos com a educação”
Segundo o Sintero, Confúcio “é um forte candidato ao posto de governante que mais promete e que menos cumpre”

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Rondônia (Sintero) emitiu nota de repúdio contra o governo do Estado. Mais especificamente, a entidade afirma que o governador Confúcio Moura (PMDB)  “inicia seu segundo mandato sem mudar uma vírgula nessa prática nefasta de mentir, enganar, enrolar, e deixar o tempo passar”.

Segundo o Sintero, Confúcio “é um forte candidato ao posto de governante que mais promete e que menos cumpre seus compromissos com a educação”.

>>> LEIA, ABAIXO, O DESABAFO NA ÍNTEGRA:

O Sintero vem a público manifestar a indignação e a revolta dos profissionais da educação com a falta de compromisso e o descaso do Governo do Estado com o ensino público.

Recentemente a sociedade rondoniense assistiu a mais um show de propaganda política e de promessas com o único propósito de jogar nuvem de fumaça, durante o período eleitoral, sobre a realidade dramática em que se encontra a rede estadual de ensino. Muito diferente do que mostrou a propaganda oficial, os trabalhadores em educação possuem os piores salários do Estado.

O governador Confúcio Moura é um forte candidato ao posto de governante que mais promete e que menos cumpre seus compromissos com a educação. A mentira nunca consegue ir muito longe, e não se consegue enganar toda uma categoria por muito tempo.

Como se não bastasse o achatamento salarial e as sucessivas promessas não cumpridas durante o primeiro mandato, o governador Confúcio Moura inicia seu segundo mandato sem mudar uma vírgula nessa prática nefasta de mentir, enganar, enrolar, e deixar o tempo passar.

Ainda em julho de 2013, como condição para suspender uma greve que durou mais de 40 dias, o governo firmou compromisso com os trabalhadores em educação, de aumentar os salários em 6% em janeiro de 2015. Os prejuízos inflacionários de 2014 seriam discutidos na pauta de 2015. A greve de 2013 foi justamente para cobrar compromisso firmado pelo governo em 2011 e 2012.

Enquanto os trabalhadores em educação sofrem com os baixos salários, o governo continua com os mesmos argumentos, de que não há recursos para corrigir enormes distorções salariais existentes no Executivo estadual, enquanto o dinheiro público jorra em escândalos de corrupção e escorre pelo ralo da incompetência e da falta de gestão.

Algumas das consequências desse abandono da educação são a falta de estímulo para atrair novos profissionais, e uma categoria cada vez mais desvalorizada, mal remunerada e insatisfeita.

Os nossos profissionais da educação estão chegando ao limite de suas capacidades físicas e mentais, resultado de um profundo desgaste após décadas de dedicação sem reconhecimento. Muitos estão adoecendo ou chegando à aposentadoria, e não há perspectivas de renovação do quadro.

Mais um ano letivo tem início e os problemas se avolumam. Os trabalhadores em educação não vão suportar mais uma promessa não cumprida e nem mais uma justificativa esfarrapada do governo.

A Secretária de Estado da Educação tomou posse com o discurso de que conhece os problemas por pertencer à categoria. No entanto, mais de dois meses já se passaram e não aconteceu nenhuma mudança para melhor. Uma demonstração desse descaso é o fato de que a direção do Sintero encaminhou ao governo a pauta de reivindicações de 2015, aprovada em assembleia pela categoria, mas até agora não houve qualquer discussão sobre o assunto.

O Sistema Diretivo do Sintero, reunido nos dias 06, 07 e 08/02, definiu, como encaminhamento, a convocação da categoria para uma ampla discussão e adoção de estratégias de luta. Nos próximos dias os trabalhadores em educação serão convocados através de assembleias em todas as Regionais para fazer uma avaliação e indicar quais providências devem ser tomadas.

Texto: Assessoria (Sintero)

Foto: Divulgação

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