Zé Rover: zero no quesito preocupação com a segurança pública
Zé Rover: zero no quesito preocupação com a segurança pública

O prefeito de Vilhena, Zé Rover (PP) anunciou ao Extra de Rondônia no dia 13 de janeiro que a edição 2015 do carnaval do município seria cancelada.

A medida por mais estapafúrdia que fosse tinha como meta, segundo o próprio chefe do executivo municipal, promover a reflexão e a sensibilização de jovens e adultos sobre o aumento da onda de violência registrada no município.

A ideia do cancelamento dividiu opiniões, e mostrou a incoerência de Rover, que “reativou” os festejos públicos durante o carnaval assim que assumiu seu primeiro mandato.

O carnaval chegou, e o que já era esperado aconteceu: mais jovens morreram, independentemente da realização da festa pública. O fato é que o prefeito quis se promover frente à população tentando mostrar trabalho para “conter” a onda de violência.

Ele preferiu enveredar por um caminho fútil, com um discurso raso, frágil, e conseguiu 15 minutos de atenção, mas não ajudou em nada no combate à criminalidade.

Seria mais honesto da parte de Rover cancelar o evento sob a alegação de que o município está contendo gastos, do que justificar o injustificável. A prefeitura até agora não se manifestou de modo plausível acerca da violência em Vilhena, e não se moveu, ainda, para colaborar com o debate que visa o encontro de alternativas para o combate da criminalidade.

Até agora o que se viu de Rover sobre o assunto foi inércia, falta de comprometimento, e zero no quesito preocupação com a segurança pública. Recentemente o prefeito se reuniu com os comandantes do 3º Batalhão da Polícia Militar (responsável pelo policiamento no Cone Sul de Rondônia) e disse que tem interesse em criar a guarda municipal em Vilhena, desde que o governo do estado arque com o custo operacional do projeto, mais um indicativo de que as contas do município não estão nada boas.

Pelo que está dando a entender, o prefeito acredita que a responsabilidade na contenção da violência na cidade que ele administra é de responsabilidade do estado, e cabe à população aguardar que ele se reúna com o governador e espere ação do Governo de Rondônia na resolução do problema. Enquanto isso o “bicho pega” nas ruas, e a população acorda cada dia mais insegura.

O que o prefeito não entendeu, ainda, mesmo já no segundo mandato, é que problemas públicos não se resolvem com medidas tão simples. Não adianta o município cancelar todos os seus eventos públicos em nome (ou em busca) de uma sensação de falsa segurança. Não adianta o poder executivo se calar, ou apresentar soluções inviáveis, pouco animadoras, diante de uma situação tão séria quanto à criminalidade.

Vilhena é uma cidade que tem menos de 100 mil habitantes, e sua margem de criminalidade ultrapassou os níveis toleráveis (se é que isso existe) estipulados pelas autoridades da segurança pública. A culpa desta onda desesperadora de violência não é exclusivamente de Rover, entretanto cabe a ele, no mínimo, mais empenho em tentar encontrar alternativas para reduzir o problema, ou pelo menos participação nos debates a respeito do assunto.

Afinal de contas, o comércio está receoso, a população está se sentindo insegura, e até agora ninguém ouviu nada que preste do Poder Executivo que possa se aproveitar acerca do assunto. Tudo isso com ele como gestor do povo vilhenense. Zé Rover ainda não acordou para o problema. Está demorando.

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Arquivo

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