A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vilhena e Chupinguaia, Adriane Andreia Appelti, esteve na Delegacia de Polícia Civil (DPC) do maior município do Cone sul no início da tarde desta sexta-feira, 6, para prestar apoio e solidariedade ao grupo composto por 12 camponeses do município de Chupinguaia que se entregou à polícia no início da tarde desta sexta-feira, 6. Eles foram condenados pela invasão à Fazenda Dois Pinguins, propriedade que pertence à família Caramello, em fevereiro de 2012.
A representante sindical conversou com os jornalistas que estavam na DPC cobrindo o caso a pedido do próprio grupo, que pediu para não conversar com a imprensa. Adriane relatou que em nenhum momento os camponeses tentaram impedir os trâmites legais do processo, e nunca negaram colaboração quando solicitados, fato que fez a justiça permitir que eles respondessem em liberdade.
Adriane contou, ainda, que o fato de eles se entregarem foi justamente para atender uma determinação judicial. “Ainda cabem recursos, e é o que vamos fazer”, garante. A representante sindical contou, ainda, que o próximo passo da defesa do grupo é justamente recorrer da decisão, ao passo em que irá tentar garantir o direito dos camponeses ficarem em liberdade até o trânsito em julgado.
Sobre o dia da invasão, ela foi enfática ao dizer que não há provas concretas acerca do emprego de violência, e que o grupo não invadiu a propriedade, apenas retomou as terras que já lhes pertenciam, onde estavam morando e produzindo há pelo menos oito anos. “Eles tinham casas construídas, criações. Eles não sabiam que estavam impedidos de retornar ao local, e quando foram informados, deixaram a região sem questionar”, relata.
Junto com o grupo também foram condenados o líder sindical, Udo Wahlbrink, preso na última terça-feira, 3, bem como o vereador Roberto Pinto (PSD), e o agricultor Pedro Arrigo, apontados (e condenados) pela investigação como mentores intelectuais da invasão.
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Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia