Edilena Martins Costa, 36 anos, procurou a reportagem do Extra de Rondônia para denunciar que está sendo ameaçada de morte. Segundo ela, tudo começou a partir da disputa de uma chácara que fica localizada na Linha Carevel, esquina com a 135, Gleba Corumbiaria, Chácara 10, em Vilhena.
Edilena, que é cadeirante devido a um acidente com moto no Mato Grosso que tirou a vida de seu marido, relata que os lotes 10 e 12 foram adquiridos por seu falecido marido há quase dez anos. Desde o falecimento do esposo, uma grande disputa judicial pelo pedaço de chão foi iniciada.
Meses mais tarde quando precisou ir à São Luiz do Maranhão a tratamentos de saúde, cerca de oito pessoas grilaram suas chácaras.
“Recebi ligações de que minhas terras estavam sendo invadidas e retornei à Vilhena encontrando uma família dentro de minha casa”, conta. Ela disse que entrou na justiça por Esbulho Possessório e através de uma audiência de conciliação, o invasor saiu da residência prometendo não retornar.
Na manhã deste sábado, 21, segundo a denunciante, um grupo de pessoas que ela diz fazer parte da ASPROVERA Corumbiara – Associação dos Pequenos Produtores Primavera, voltou a invadir uma das chácaras que ela diz ter documentos que comprovam ser de sua propriedade. Além da invasão, dias atrás incendiaram de forma criminosa sua casa de madeira. Realizaram limpeza na chácara e levantaram cercas delimitando-a.
Emocionada, Edilena diz que ela e seus filhos, todos menores, estão recebendo inúmeras ameaças de morte. “Falaram-me que se eu passar próximo a casa deles, me darão de um tiro de 12. Eu tenho medo de vir sozinha à minha chácara”, lamentou.
Temendo pela vida devido às constantes ameaças que vem recebendo, Edilena acumula vários registros de Boletins de Ocorrências.
ASPROVERA diz que chácara pertence à associação e nega ameaças
Procurada pela reportagem desta página eletrônica, Veronice Zarista, atual presidente da associação, negou todas as acusações de ameaças. Segundo ela, a chácara 10 pertence a ASPROVERA desde quando foi desmembrada pelo INCRA.
De posse de documentos, Veronice mostra que a referida chácara é citada em Atas e documentos oficiais como sede da associação que é composta por cerca de 40 membros ativos. Segundo ela, a chácara em disputa foi revendida de forma irregular pelo antigo presidente da associação.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia