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Foram mais de 12 horas de rebelião

Um agente sócio educador foi atacado por menor de idade que cumpre pena na Unidade Socioeducativa, localizada na Avenida Capitão Castro, anexo à Casa de detenção, em Vilhena. O fato aconteceu na noite deste sábado, 21, por volta das 19h30.

Informações repassadas á reportagem do Extra de Rondônia, relatam que um menor identificado apenas como “Fernando”, foi o autor de dois golpes por um objeto perfurante popularmente conhecido como “chunchu”, arma branca artesanal, que atingiram a região do peito e braço do servidor público identificado como Leandro dos Santos Pereira, 28 anos.

Agentes sócios educadores informaram que Leandro estava abrindo uma das celas para que o menor pudesse realizar a limpeza, neste momento, o agressor partiu para cima e desferiu os golpes. Por sorte, companheiros de trabalho vendo a situação, agiram rapidamente e jogaram spray de pimenta na direção dos menores, caso contrário, poderiam puxar a vítima para o interior da cela e usá-lo como refém.

Várias autoridades estiveram ao local tentando acalmar os ânimos dos reeducando. Dentre eles, os juízes de direito Gilberto Gianassi, Yara Travalon e Sandra Merenda, além do promotor Pablo Viscarti.

Segundo a Juíza de Direito, Sandra Merenda, em entrevista à reportagem desta página eletrônica, os menores infratores não têm reivindicações convincentes que expliquem o motim.  Questionada a respeito da punição ao menor agressor, Merenda enfatizou que deverá ser enquadrado no rigor da lei e que não ficará impune. Possivelmente, responderá pelo crime de tentativa de homicídio.

Sandra Merenda e Yara Travalon solicitaram que viaturas da Polícia Militar ficassem em torno do presídio a todo o momento durante a noite, pois, tudo indicava que seria uma tentativa de fuga.

Após 10 horas de rebelião, ficaram somente as marcas dos estragos. Colchões queimados e celas totalmente danificadas. A unidade de combate a incêndios do Corpo de Bombeiros compareceu ao local e apagaram as chamas que colocavam em risco a vida dos menores e agentes militares que permaneciam no interior.

A rebelião dos menores infratores somente chegou ao fim por volta das 07h00 da manhã deste domingo, 22, após intervenção da Polícia Militar e o Grupamento de Operações Especiais (GOE) no interior do abrigo. Essa invasão das forças armadas não aconteceu antes, pois, devido a uma recomendação da juíza Yara Travalon. Segundo ela, uma intervenção da Policia Militar poderia culminar em confronto físico.

O agente ferido foi submetido a atendimentos de emergência no Hospital Regional, por sorte, as perfurações foram superficiais. Ele foi liberado e se recupera em casa.

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Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia

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