@@@ O prefeito Zé Rover (PP) tentou, mas não conseguiu o que queria: obter 100% de poderes e autonomia em remanejamentos e direcionamentos de recursos em Vilhena. O Projeto de Lei deveria ser votado em sessão extraordinária, no último sábado, mas não aconteceu porque o prefeito “achou pouco” os 10% oferecidos pelos vereadores.
@@@ Isto equivale a R$ 28 milhões. Ou seja, esse é o valor que a prefeitura queria para remanejamentos (repassar recursos de uma secretária a outra) sem ser questionado pelo Legislativo. Porém, o prefeito quer “tudo”, o que deixaria a Câmara sem ação, e simplesmente não cumpriria sua principal função: fiscalizar os recursos públicos.
@@@ O secretário municipal de integração governamental, Gustavo Valmórbida, braço direito do prefeito, participou de reunião com o os parlamentares antes do Projeto ir ao Plenário. Mas não houve consenso e quórum para votá-lo. A celeuma ocorre porque em 2014, na gestão do vereador Vanderlei Graebin (SDD), ex-presidente da Casa de Leis, foi aprovado Projeto semelhante que concedia a Rover esse privilégio.
@@@ Além disso, os vereadores não aceitaram a proposta, principalmente, porque trabalham alinhados com o posicionamento do Ministério Público (MP) sobre o assunto.
@@@A questão local é parecida ao que vem acontecendo em outros países. Na Venezuela, por exemplo, o Congresso aprovou amplos poderes ao presidente Nicolás Maduro, que, a partir de agora, pode passar decretos sem que o parlamento tenha que aprová-los. Em Vilhena, Rover, que já é chamado de “Nicolás Maduro do Serrado” tenta a tudo custo obter esses “super poderes”.
@@@ A situação – falando politicamente – demonstra o enfraquecimento de Rover na Câmara, apesar dele ter conseguido eleger 8 dos 10 vereadores. No biênio 2013/2014, Rover, praticamente, mandou no Legislativo, mas parece que agora a situação é bem diferente. Isto porque o Poder Legislativo segue suas atividades com orientação do MP, que tem feito constantes recomendações visando colaborar com a organização da gestão administrativa em Vilhena.
@@@ A chuva de críticas de sua administração é um dos principais motivos do enfraquecimento político do prefeito. Isso devido a estradas abandonadas, obras paralisadas, ruas e avenidas esburacadas e intrafegáveis, e acusações de má aplicação de verbas públicas federais.
@@@ Lá pelas bandas de Cabixi, o Tribunal de Justiça de Rondônia reconheceu parcialmente denuncia formulada pelo Ministério Público contra o vereador Michael Barroso, filho do ex-prefeito “Bau”. Ele foi condenado a cumprir um mês de detenção por ameaças.
@@@ O cancelamento da visita a Vilhena confirmada por Confúcio, na sexta-feira, ainda está dando o que falar entre os munícipes. Já estão chamando Confúcio de “Governador Tratante”. Se a moda pega…
@@@ Falando em Confúcio. A Justiça estabeleceu o prazo de três dias para que a coligação “Muda Rondônia”, que disputou o Governo em 2014, tendo como candidato o ex-senador Expedito Junior (PSDB), se manifeste sobre dois embargos de declaração (uma espécie de recurso) interpostos pela coligação do governador Confúcio Moura (PMDB) e pelo vice, Daniel Pereira (PSB), que estão cassados. O motivo: abuso de poder econômico nas eleições.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Divulgação
