O estudante Hugo Leonardo dos Santos, 26 anos, conversou com a equipe de reportagem do Extra de Rondônia na manhã desta segunda-feira, 20, e confirmou que vai ao Ministério Público (MP) denunciar um problema que aparentemente não atrapalharia ninguém em Vilhena.
Deficiente visual, o estudante chamou a polícia porque não conseguiu passar por um trecho da Avenida Major Amarantes onde fica localizada uma unidade do grupo Gazin. “Ele se guia pela audição e por uma bengala. O som alto o impediu de ouvir qualquer coisa, e os produtos da loja expostos na calçada dificultaram sua passagem”, relatou um dos policiais que estava trabalhando na ocorrência.
Na região onde o fato aconteceu há um paradoxo: todos sabem que não pode haver nenhum tipo de empecilho em 1,20 m das calçadas públicas, contados a partir do meio fio. “Mas olha isso, o poste da rede elétrica está na área que não poderia estar, e os bicicletários também”, indagou o policial, que apesar de dar razão ao deficiente visual disse entender o lado dos comerciantes.
Hugo relatou à equipe de reportagem do site que irá procurar o MP após o feriado, e que pretende levar o caso adiante. “É um direito que temos, e essa situação vem causando grandes transtornos aos deficientes visuais”, comentou. Ele também já expôs outros problemas semelhantes na cidade e até desafiou o prefeito Zé Rover a andar com os olhos vendados nas vidas públicas para sentir na pele o problema.
A questão da mobilidade urbana vem sendo discutida pela prefeitura de Vilhena há tempos. O prefeito Zé Rover (PP) confirmou que irá realizar uma grande reforma na principal Avenida de Vilhena para fazer instalação de nova rede de água, além de esgoto e calçamento adequado. Ainda não há prazo definido para início deste projeto.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia