A praga está tomando conta da área urbana vilhenense, com a proliferação do molusco em franco crescimento na região central. Na noite de domingo a reportagem do Extra de Rondônia flagrou um espécime em plena postagem de ovos no meio da Rua Duque de Caxias, a cerca de 20 metros da Avenida Major Amarante, principal via comercial de Vilhena.
A imagem confirma a elevada capacidade de reprodução do caramujo, que é hermafrodita e pode realizar até cinco posturas por ano, sendo que em cada uma deposita na natureza entre 40 e 400 ovos. Isso lhe dá oportunidade de se multiplicar em nível descomunal, fazendo com que apenas um indivíduo gere outros dois mil descendentes após alcançar maturidade sexual, com cinco meses de vida. A progressão geométrica é impressionante, tornando difícil e trabalho o controle da praga.
Responsável pela transmissão de doenças abdominais e até mesmo da temida meningite, o caramujo também é vetor indireto da dengue e febre amarela, pois seu exoesqueleto (a concha que abriga o molusco) pode transformar-se em depósito de água compatível à necessidade do mosquito Aedes Aegypti para reprodução. E não há milagre ou produto que possa controlar o caramujo, cujo combate eficaz decorre da “catação” e destruição do molusco. Em virtude deste fato, o controle da praga é responsabilidade de todos os cidadãos, posto ser inviável o Poder Público realizar a coleta dos mesmos casa por casa. A “catação” somada a manutenção de terrenos limpos é a única chance possível de combater o problema.
Saiba mais sobre o caramujo africano pelo link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caramujo-gigante-africano
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia
